quarta-feira, 18 de setembro de 2019

The five universal laws of human stupidity


In 1976, a professor of economic history at the University of California, Berkeley published an essay outlining the fundamental laws of a force he perceived as humanity’s greatest existential threat: Stupidity.

Stupid people, Carlo M. Cipolla explained, share several identifying traits: they are abundant, they are irrational, and they cause problems for others without apparent benefit to themselves, thereby lowering society’s total well-being. There are no defenses against stupidity, argued the Italian-born professor, who died in 2000. The only way a society can avoid being crushed by the burden of its idiots is if the non-stupid work even harder to offset the losses of their stupid brethren.

Let’s take a look at Cipolla’s five basic laws of human stupidity:

Law 1: Always and inevitably everyone underestimates the number of stupid individuals in circulation.

No matter how many idiots you suspect yourself surrounded by, Cipolla wrote, you are invariably lowballing the total. This problem is compounded by biased assumptions that certain people are intelligent based on superficial factors like their job, education level, or other traits we believe to be exclusive of stupidity. They aren’t. Which takes us to:

Law 2: The probability that a certain person be stupid is independent of any other characteristic of that person.

Cipolla posits stupidity is a variable that remains constant across all populations. Every category one can imagine—gender, race, nationality, education level, income—possesses a fixed percentage of stupid people. There are stupid college professors. There are stupid people at Davos and at the UN General Assembly. There are stupid people in every nation on earth. How numerous are the stupid amongst us? It’s impossible to say. And any guess would almost certainly violate the first law, anyway.

Law 3. A stupid person is a person who causes losses to another person or to a group of persons while himself deriving no gain and even possibly incurring losses.

Cipolla called this one the Golden Law of stupidity. A stupid person, according to the economist, is one who causes problems for others without any clear benefit to himself.

The uncle unable to stop himself from posting fake news articles to Facebook? Stupid. The customer service representative who keeps you on the phone for an hour, hangs up on you twice, and somehow still manages to screw up your account? Stupid.

This law also introduces three other phenotypes that Cipolla says co-exist alongside stupidity. First there is the intelligent person, whose actions benefit both himself and others. Then there is the bandit, who benefits himself at others’ expense. And lastly there is the helpless person, whose actions enrich others at his own expense. Cipolla imagined the four types along a graph, like this:

VINCEDEVRIES
Stupidity, graphed.
The non-stupid are a flawed and inconsistent bunch. Sometimes we act intelligently, sometimes we are selfish bandits, sometimes we act helplessly and are taken advantage of by others, and sometimes we’re a bit of both. The stupid, in comparison, are paragons of consistency, acting at all times with unyielding idiocy.

However, consistent stupidity is the only consistent thing about the stupid. This is what makes stupid people so dangerous. Cipolla explains:

Essentially stupid people are dangerous and damaging because reasonable people find it difficult to imagine and understand unreasonable behavior. An intelligent person may understand the logic of a bandit. The bandit’s actions follow a pattern of rationality: nasty rationality, if you like, but still rationality. The bandit wants a plus on his account. Since he is not intelligent enough to devise ways of obtaining the plus as well as providing you with a plus, he will produce his plus by causing a minus to appear on your account. All this is bad, but it is rational and if you are rational you can predict it. You can foresee a bandit’s actions, his nasty maneuvres and ugly aspirations and often can build up your defenses.

With a stupid person all this is absolutely impossible as explained by the Third Basic Law. A stupid creature will harass you for no reason, for no advantage, without any plan or scheme and at the most improbable times and places. You have no rational way of telling if and when and how and why the stupid creature attacks. When confronted with a stupid individual you are completely at his mercy.

All of which leads us to:

Law 4: Non-stupid people always underestimate the damaging power of stupid individuals. In particular non-stupid people constantly forget that at all times and places and under any circumstances to deal and/or associate with stupid people always turns out to be a costly mistake.

We underestimate the stupid, and we do so at our own peril. This brings us to the fifth and final law:

Law 5: A stupid person is the most dangerous type of person.

And its corollary:

A stupid person is more dangerous than a bandit.

We can do nothing about the stupid. The difference between societies that collapse under the weight of their stupid citizens and those who transcend them are the makeup of the non-stupid. Those progressing in spite of their stupid possess a high proportion of people acting intelligently, those who counterbalance the stupid’s losses by bringing about gains for themselves and their fellows.

Declining societies have the same percentage of stupid people as successful ones. But they also have high percentages of helpless people and, Cipolla writes, “an alarming proliferation of the bandits with overtones of stupidity.”

“Such change in the composition of the non-stupid population inevitably strengthens the destructive power of the [stupid] fraction and makes decline a certainty,” Cipolla concludes. “And the country goes to Hell.”


Image by Vincedevries on Wikimedia, licensed under CC-BY-SA 4.0.


https://qz.com/967554/the-five-universal-laws-of-human-stupidity/


@economia @sociologia

terça-feira, 17 de setembro de 2019

O mantra do cambio CELSO MING: Estadão 29 de setembro de 2017



Anos a fio, a queixa recorrente dos empresários é a de que o dólar no Brasil está barato demais (em reais) e que essa valorização da moeda nacional sepulta a competitividade do setor produtivo. E reivindicam forte desvalorização do real, “para estancar a de-sindustrialização”.
O pessoal da Fiesp e da indústria de máquinas não diz outra coisa. Nesta quarta-feira, por exemplo, o representante da indústria têxtil, Fernando Pimentel, repetiu essa queixa.
Boa parte do setor produtivo nacional não é competitiva, ou seja, não consegue enfrentar nem a concorrência do produto importado nem a competição no mercado externo. É uma situação que, em princípio, apenas em parte tem a ver com o Câmbio.
A falta de competitividade se deve a grande número de outros fatores: o custo Brasil muito mais alto do que em grandes países do exterior, a precariedade da infraestrutura, o excesso de proteção que deixa o setor mal-acostumado, a demasiada burocracia que emperra os negócios, o alto custo do capital, Juros altos demais, o baixo nível de educação e treinamento da mão de obra... e por aí vai.
Um jeito de compensar esse jogo contra é promover a desvalorização da moeda, recurso que barateia em dólares apro-dução local e encarece o produto importado. O problema é que nem sempre é possível promover essa desvalorização.
O Câmbio é um dos preços da moeda (o outro são os Juros) e, nesta condição, está sujeito à lei da oferta e da procura. Uma das funções de qualquer Banco Central é intervir para regular esse jogo ao nível pretendido pela política econômica. Quando é preciso agir para valorizar a moeda nacional, o Banco Central aumenta ou permite que aumente a oferta de moeda estrangeira no mercado, o dólar fica mais barato em reais; quando decide desvalorizar, aumenta a procura por dólares, pela compra no Câmbio interno ou por permitir que se tome mais escasso.
O atual regime de Câmbio no Brasil é o de flutuação suja. Nele, as cotações são determinadas pela oferta e procura, mas com alguma intervenção a fim de eliminar grandes oscilações. Neste momento em que as contas externas estão em excelente condição e a entrada de investimentos corresponde a quase três vezes odéfi-cit dos demais pagamentos, é inevitável que o País tenha de conviver com a oferta folgada de dólares.
Empresários e muitos economistas que os assessoram pregam mais intervenção. Querem que o Banco Central compre mais moeda estrangeira ou coíba a entrada de capital, por meio de medidas administrativas ou de impostos.
Mas aí há dois problemas. Primeiro, a compra de dólares pelo Banco Central exige emissão de reais, o que é inflacionário, ou aumento de dívida pública, já alta demais. O outro problema é o de que o mercado global está inundado de dólares, variável fora do controle do Banco Central. Assim,boa parcela desses recursos continuará desembarcando no Brasil para negócios, aumentando a oferta de moeda estrangeira.
Quanto mais saudável a economia, maior o afluxo de moeda estrangeira, situação que tende a manter o Câmbio relativamente valorizado. Paradoxalmente, a maneira mais fácil de provocar maior procura de dólares é deixar que a crise derrube a economia.


segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O desastre da Argentina e como fica o Brasil(Celso Ming, Estado)

O aperitivo já foi de amargar. Bastou que uma prévia eleitoral na Argentina indicasse favoritismo do candidato kirchnerista para que a mal ajambrada política econômica do atual governo Mauricio Macri desmoronasse. Até que ponto o novo desmanche argentino levará o Brasil a enfrentar novas turbulências?

Primeiro, a foto da hora. A inflação da Argentina saltou para 54,4% ao ano, o dólar disparou 37% em apenas quatro semanas ( veja o gráfico) e as regras do jogo do mercado de títulos da dívida argentina foram mais uma vez alteradas, a ponto de já apresentarem calote parcial.

A reação do governo Macri ao novo desastre foi distribuir mais reajustes salariais, congelamento de preços e fortes restrições às operações de câmbio para tentar conter a fuga de dólares. Ou seja, ficou tudo pior, porque mais distorções tendem a produzir ainda mais distorções.

A listagem de erros de condução do presidente Macri podem ajudar a entender o que aconteceu, mas não dizem muita coisa sobre o que virá agora nem sobre o impacto na economia brasileira.

O novo presidente virtual, que pode ser eleito em primeiro turno no dia 27 de outubro, é Alberto Fernández, um peronista moderado que no passado deu demonstrações de sensatez até mesmo enquanto as bruxas estiveram soltas nas repartições da Casa Rosada. O problema é que Fernández tem pacto com os diabos da estirpe dos Kirchners, especialmente com os da ex-presidente Cristina Fernández Kirchner (candidata a vice-presidente na mesma chapa). Enquanto governou, de 2007 a 2015, notabilizou-se pelo protecionismo, pelo excessivo intervencionismo e pelas falsas soluções. Além disso, o candidato está buscando votos com o discurso do "fora FMI", uma picada que vai dar no precipício.

Em todo o caso, sabe-se lá se, uma vez no governo, Fernández não fará tudo diferente, sem medo de ser chamado de traidor ou de estar produzindo estelionato eleitoral, por determinar uma política econômica na contramão de seu programa de campanha.

Para o experiente diplomata brasileiro José Alfredo Graça Lima, mesmo que a economia argentina desande mais do que já desandou, o risco de contágio da economia brasileira é baixo. Aquela velha cisma comum no exterior, de que Argentina e Brasil são farinhas do mesmo saco e a de que o que um é hoje será o outro amanhã, já não vale para os tempos atuais porque "já existe um descolamento entre os dois países do ponto de vista da qualidade

Domingo, 8 de Setembro de 2019 - 02:02
@economia