domingo, 30 de abril de 2017

Vídeo: Love Hurts


O Escocês Dan MacCafferty, vocalista da banda Nazareth, compôs e cantou essa belíssima canção, em 1976; dono de uma voz rouca e potente, hoje com seus 70 anos, parou de cantar em 29 de agosto de 2013, por motivo de saúde.

Agora, décadas depois,  sua neta interpreta o hit de forma magistral...  quem gosta vai se arrepiar!

@rock

sábado, 29 de abril de 2017

Vídeo: negociações trabalhistas nos tempos dos dinossauros



@humor

Mil Utilidades para o MEL (Weekly World New, Canadá)

 VOCÊ SABIA QUE O MEL É O ÚNICO ALIMENTO QUE NÃO ESTRAGA E QUE A MISTURA DE MEL E CANELA CURA A MAIORIA DAS DOENÇAS?

O mel é produzido em quase todos os países do mundo. Apesar de ser doce, a ciência demonstrou que, tomado em doses normais como medicamento, o mel não faz mal aos diabéticos. Mas ele vai além de suas fantásticas propriedades, apresentando inúmeros benefícios:

DOENÇAS DO CORAÇÃO

Faça uma pasta de mel com canela. Coloque no pão e coma-o regularmente no café da manhã, no lugar da manteiga e geleia.
Ela reduzirá o colesterol das artérias e prevenirá problemas no coração.
Também previne novos enfartes nas pessoas que já tiveram um antes.
O uso regular deste processo diminui a falta de ar e fortalece as batidas do coração.
Nos Estados Unidos e Canadá, se utiliza esta pasta continuamente nos asilos. Descobriu-se que o mel com canela revitaliza e limpa as artérias e veias dos pacientes idosos.

ARTRITE E INFEÇÕES DE RINS

Misturar uma xícara de água morna com 02 colheradas de mel e 01 colherzinha de canela em pó. Beber uma xícara de manhã e uma de noite.
Se tomar com frequência pode até curar a artrite crónica, além de eliminar os germes que produzem infeção nos rins.
Numa pesquisa feita na Universidade de Kopenhagen, os médicos deram aos seus pacientes diariamente, antes do café da manhã, 01 colherada de mel e meia colherada de canela em pó.
Em uma semana, de 200 pacientes que seguiram o tratamento, 75 deixaram de ter dor inteiramente.
Um mês depois, todos os pacientes estavam livres da dor, mesmo aqueles que quase já não conseguiam caminhar.

COLESTEROL

2 colheradas de mel com 03 colherzinhas de canela misturados em meio litro de água..
Tomar 03 vezes ao dia.
Isto reduz o colesterol em 10%, em duas horas.
Tomado diariamente, elimina o colesterol ruim.

RESFRIADOS

Para curar completamente sinusite, tosse crónica e resfriado comum ou severo, misturar 01 colherada de mel com 01 colherzinha de canela em pó e tomar com frequência.

DOR DE GARGANTA
1 colherada de mel, misturada com meia colher de vinagre de sidra.
Tomar de 4 em 4 horas.

PERDA DE PESO

Diariamente, meia hora antes de deitar e meia hora antes de tomar o café da manhã, beba mel com canela numa xícara de água.
Se beber todos os dias, reduz o peso até de pessoas muito obesas.

Também evita os estragos da idade quando se toma regularmente.
Misture 01 colherada de canela e 03 xícaras de água.
Ferva para fazer um chá. Quando amornar, coloque 04 colheradas de mel.
Beber um quarto (1/4) de xícara, 03 ou 04 vezes ao dia.
Mantém a pele fresca e suave, e, diminui os sintomas da idade avançada.
Beber este chá alonga a vida e até uma pessoa de 100 anos pode melhorar muito e se sentir como alguém muito mais jovem.

PERDA DE CABELO

Os que sofrem de calvície ou estão perdendo o cabelo, podem aplicar uma pasta de azeite de oliva (aqueça o óleo até uma temperatura suportável à pele), 01 colherada de mel e 01 colherzinha de canela em pó, no couro cabeludo.
Deixar por 15 minutos antes de lavar.
Foi comprovado que é eficiente mesmo quem deixar a pasta na cabeça somente 05 minutos.

DOR DE DENTES

Fazer uma pasta com 01 colherzinha de canela e 05 colherzinhas de mel e aplicar no dente que está doendo. Repita pelo menos 03 vezes ao dia.

PICADAS DE INSETOS

Misture 01 colherzinha de mel, 02 colherzinhas de água morna e 01 colherzinha de canela em pó. Faça uma pasta com os ingredientes e esfregue-a suavemente sobre a picada.
A dor e a coceira irão desaparecer em um ou dois minutos.

DIVERSOS

A mistura de mel com canela alivia os gases no estômago, fortalece o sistema imunológico e alivia a indigestão.

Indicação: COLHER DE CHÁ.

Obs.: O mel não deve ser fervido.


Fonte: Revista 'Weekly World New' - Canadá (17/01/1995)

@medicina @culinária

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Quem deixou meus pais envelhecerem? (Ruth Manus)

O combinado não era eles serem jovens para sempre?

Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números.
Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis. As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada. As nossas é que eram graves, importantes e urgentes. E de repente o quadro se inverte.
Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles. A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira. Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física. Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente. De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles. É contra o tempo. O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável. A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta! 60 já está bom! 65 no máximo! 70, não mais do que isso! Não avance, não avance mais!”. E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade. Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos. Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia. Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida. Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos. E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações. Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação. Menos preocupação e mais apoio. Mais companheirismo e menos acusações. Menos neurose e mais realismo. Mais afeto e menos cobranças. Eles só estão envelhecendo. E sabe do que mais? Nós também. E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.


http://emais.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/quem-deixou-meus-pais-envelhecerem/

@filosofia @cotidiano

Exame de sangue detecta ressurgimento de câncer com 1 ano de antecedência (BBC)

Médicos britânicos conseguiram identificar o retorno de um câncer um ano antes dos exames tradicionais, em uma descoberta animadora para o combate à doença.
A equipe conseguiu rastrear no sangue sinais de câncer quando este era apenas um pequeno amontoado de células invisíveis a raio-X e tomografia.
Isso deve permitir aos médicos tratar o tumor mais cedo, o que também aumentaria as chances de curá-lo.

O estudo também pode levar a novas ideias para remédios contra câncer, após notar como DNA instável permite a rápida evolução do tumor.
A pesquisa focou em câncer de pulmão, mas os processos estudados são tão básicos que as descobertas devem poder ser aplicadas a outros tipos de câncer.
O câncer de pulmão é o que mais mata no mundo, e o principal objetivo do estudo era acompanhar o seu desenvolvimento - a ponto de se espalhar por todo o corpo.

Exame de sangue

Para verificar se um câncer pode estar voltando, os médicos precisam saber o quê exatamente têm de rastrear. Por isso, partiram de amostras de tumores de pulmões removidos durante cirurgias.
Uma equipe no Instituto Francis Crick, em Londres, analisou, então, o DNA defeituoso dos tumores para obter um "mapa genético" do câncer de cada paciente.
A cada três meses, eram realizados exames de sangue para verificar se pequenos vestígios do DNA do câncer teriam reaparecido.
Os resultados, divulgados na publicação científica Nature, mostraram que a recorrência do câncer pode ser identificada cerca de um ano antes do prazo normal de métodos atuais disponíveis na medicina.
Os tumores costumam ter, em geral, um volume de cerca de 0,3 milímetros cúbicos quando são detectados por exames de sangue convencionais.

Esperança

Para Cristopher Abbosh, do Instituto de Câncer UCL, a descoberta é significativa.
"Nós podemos identificar pacientes para fazerem o tratamento mesmo quando eles ainda não têm qualquer sinal clínico da doença e também monitorar como as terapias estão evoluindo."
"Isso representa uma nova esperança para combater o retorno do câncer de pulmão após a cirurgia, algo que acontece em cerca de metade dos pacientes", afirmou.
Por enquanto, esse novo método tem sido eficiente ao alertar sobre a volta do câncer para 13 dos 14 pacientes que apresentaram reincidência da doença. E a descoberta ajudou também a identificar quem estava livre, sem indícios da doença.
Em teoria, seria mais fácil curar um câncer que ainda está muito pequeno, no início, do que fazê-lo quando ele já está grande e visível de novo.
No entanto, são necessários mais testes para confirmar a eficácia do método.
Chales Swanton, do Instituto Francis Crick, disse à BBC: "Nós podemos agora organizar testes clínicos para responder à questão fundamental - se você tratar a doença das pessoas quando não há evidências de câncer em uma tomografia ou em um raio-X, você terá mais chances de conseguir curá-la?"
"Nós esperamos que seja isso. Que se nós começarmos a tratar a doença quando existem apenas algumas poucas células cancerígenas no corpo, nós aumentaremos a chance de curar um paciente", completou.
Janet Maitland, de 65 anos, é uma dos pacientes participando dos testes.


Ela viu o câncer de pulmão tirar a vida de seu marido e acabou diagnosticada com a doença no ano passado.
"Era meu pior pesadelo, o câncer de pulmão, então foi como se o meu pior pesadelo se tornasse realidade. Fiquei aterrorizada e devastada."
Ela passou por cirurgia e teve seu tumor retirado - agora os médicos dizem que ela tem 75% de chance de ficar livre da doença pelos próximos cinco anos.
"Eu pensava que nunca mais iria melhorar e agora sinto como se estivesse vivendo um milagre", afirmou.

Evolução

O exame de sangue é, na realidade, a segunda grande descoberta feita pelos cientistas envolvidos em um vasto projeto que pesquisa o câncer.
A primeira descoberta, considerada chave nas pesquisas, foi sobre o papel da instabilidade do DNA na reincidência do câncer.
Diversas amostras de 100 pacientes contendo 4,5 trilhões de pares de bases de DNA foram analisadas. O DNA é "empacotado" em conjuntos de cromossomos que contêm milhares de instruções genéticas.
A equipe no Instituto Francis Crick mostrou que os tumores que apresentavam "caos cromossômico" maior - a capacidade de remodelar facilmente grandes quantidades de DNA para alterar milhares de instruções genéticas - tinham mais chances de voltar.
Charles Swanton, um dos pesquisadores, disse à BBC: "Você tem um sistema ali em que uma célula cancerígena pode alterar seu comportamento rapidamente ganhando ou perdendo cromossomos ou partes de cromossomos."
"É a evolução 'bombada'".
Isso permite que o tumor desenvolva resistência a remédios, a capacidade de se esconder do sistema imunológico e de se deslocar para outros tecidos do corpo.

'Animador'

A primeira implicação da pesquisa será para o desenvolvimento de remédios - entendendo o papel-chave da instabilidade cromossômica, cientistas poderão achar formas de contê-la.
"Espero que sejamos capazes de desenvolver novas formas de limitar isso e que possamos reduzir a capacidade de evolução de tumores - e quem sabe até fazer com que eles parem de 'se adaptar'", observou Swanton.
Os cientistas dizem que só estão começando a entender as descobertas que serão possíveis por meio da análise do DNA de cânceres

http://www.bbc.com/portuguese/geral-39712502

@medicina @câncer

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Aparecida celebrará seu 300º aniversário sem o Papa? (Juan Arias, El País)

 El País - 20/04/2017

A não ser que tenhamos uma surpresa no final, o papa Francisco não viajará este ano ao Brasil para celebrar com os católicos os 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora da Aparecida, devoção compartilhada pela grande maioria dos brasileiros, inclusive os agnósticos. Nossa Senhora Aparecida é vista como uma espécie de para-raios protetor do Brasil.

Ao visitar o país pela primeira vez em 2013 e rezar no santuário de Aparecida, o papa Francisco demonstrou o desejo de voltar este ano para dirigir as comemorações dos 300 anos. Depois revelou aos bispos brasileiros que não poderia vir – e assim anunciou dias atrás numa carta ao presidente Michel Temer. O Papa disse aos peregrinos em Roma que o povo brasileiro passa por um “momento triste”. Apesar disso, preferiu desistir de sua promessa de voltar ao Brasil em 2017.

Sem dúvida, o papa Francisco, que realiza uma renovação da Igreja com pulso firme para voltar às origens do cristianismo primitivo, deve ter tido um motivo grave para desistir de sua visita ao país com o maior número de católicos do mundo, onde 90% da população é cristã, e numa data tão significativa para a piedade popular. Isso não descarta a proposição de alguns interrogantes. Seria preciso saber se a decisão foi pessoal de Francisco ou da Cúria Romana, de sua diplomacia, e se nela pesaram os motivos políticos. Pelo que conhecemos do Papa, sua alma está com os mais pobres e seu coração vibra com a justiça social, o que algumas vezes lhe valeu a acusação de seu um Papa “de esquerda”. Não há dúvida de que, em suas conversas, entrevistas e documentos papais, ele cita mais os evangelhos que os textos teológicos. Dos sete Papas que conheci, este é o que melhor sintoniza com o Jesus odiado pelo poder.

Segundo informações da imprensa brasileira, Francisco teria desistido de sua promessa de vir a Aparecida porque o país atravessa “um momento político delicado”. Se for isso mesmo, teria prevalecido o interesse da diplomacia do Vaticano frente à liberdade do evangelho. Fiz muitas viagens ao redor do mundo com Paulo VI e João Paulo II, e me lembro de ter visitado países que viviam momentos políticos mil vezes mais graves que os enfrentados pelo Brasil. Aterrissamos em nações de ferrenhas ditaduras, de direita e de esquerda. O Brasil, com todas as suas dificuldades, vive num Estado democrático e luta contra a corrupção política, uma luta invejada por outros países. Quando Francisco veio ao Brasil em 2013, o momento político não era melhor que o atual. Começavam as manifestações populares, e o país estava em plena ebulição política. Francisco falou sem medo e até incentivou os jovens a participarem dos protestos contra o Governo Dilma.

O Brasil vive sem dúvida um momento delicado que afeta fiéis e ateus. A sociedade está atônita com a descoberta da corrupção político-empresarial que tem vindo à tona. E é uma sociedade dividida. Portanto, não seria talvez o melhor momento para que Francisco, o Papa mais parecido com o profeta rebelde de Nazaré, viesse a fim de confortar os brasileiros e fazer um apelo para que superem as divisões e se unam na liberdade do evangelho, para dar vida a um país mais livre, democrático e justo? Francisco é um Papa que costuma ser ouvido não apenas pelos católicos, mas também pelos agnósticos. É um Papa de todos. Aqui, no Brasil, até os evangélicos o aplaudiram. E ele tomou café com alguns pastores. O ecumenismo é o oxigênio que Francisco respira. Se foi o Vaticano que o convenceu a desistir da atual vinda ao Brasil, seria a demonstração de que, no coração do posto de mando em Roma, continua ainda forte a visão de uma Igreja mais comprometida com o poder político que com as exigências de liberdade de espírito do cristianismo primitivo.



http://brasil.elpais.com/brasil/2017/04/20/opinion/1492709151_409124.html

@religião @política

Vídeo: Aborrecentes

 

@cotidiano @social

terça-feira, 25 de abril de 2017

Vídeo: Quem dobrou seu paraquedas hoje?


Charles Plumb era piloto de caça dos EUA e serviu na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil.
Plumb saltou de paraquedas, foi capturado e passou seis anos numa prisão norte-vietnamita.

Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão.

Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem:
“Olá, você é Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é mesmo?”

“Sim. Como sabe?”, perguntou Plumb.

“Era eu quem dobrava o seu paraquedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?”

Plumb quase se afogou de surpresa e com muita gratidão respondeu:

“Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje!!!"

Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se:
“Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse "bom dia"? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro.”

Pensou também nas horas que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários paraquedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.

Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à plateia:
*"Quem dobrou seu paraquedas hoje?"*

Todos temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos paraquedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.

Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido.

Deixamos de saudar, de agradecer, de felicitar alguém, ou ainda simplesmente de dizer algo amável. Hoje, esta semana, este ano, cada dia, procura dar-te conta de quem prepara teu paraquedas e...
agradeça-lhe.

Ainda que não tenha nada de importante a dizer, envia esta mensagem a quem fez isso alguma vez. E manda-a também aos que não o fizeram. As pessoas ao teu redor notarão esse gesto e te retribuirão preparando teu paraquedas com esse mesmo afeto.

Todos precisamos uns dos outros, por isso, mostra-lhes sua gratidão.

Às vezes as coisas mais importantes da vida dependem apenas de ações simples.

Um telefonema
um sorriso
um agradecimento
um “Gosto de Você”
um parabéns…
ou, simplesmente,
"você é 10!"

Somos todos irmãos...
voar é preciso...
Mas amizade é NECESSÁRIA!!!


*QUEM DOBROU O SEU PARAQUEDAS HOJE?*

@filosofia

Vídeo: Homenagem a Jerry Adriani (Pai Nosso)



@mpb @musica

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Eugenia (USA): movimento para criar seres humanos 'melhores' influenciou Hitler (BBC)





A logomarca do programa de eugenia dizia: 'Eugenia é a direção própria da evolução humana. Como uma árvore, retira seus materiais de muitas fontes e os organiza em uma unidade harmoniosa'

A uma hora de Nova York, no vilarejo de Cold Spring Harbour, há um laboratório de investigação genética que foi fundado em 1890, pouco depois de Charles Darwin publicar a teoria de evolução e seleção natural.
O guia do local explica que, "entre o final do século 19 e o começo do século 20, havia uma tendência de reprodução seletiva. Se um humano era considerado indigno de transmitir sua hereditariedade a gerações futuras, era esterilizado contra sua vontade".
"Felizmente, essa prática já não é aceitável, mas nós somos muito honestos sobre essa parte da nossa história. Falando sobre os erros do passado se pode aprender a adotar práticas melhores no futuro", afirma. Essa é a história da eugenia nos Estados Unidos.

"Muita gente associa a palavra 'eugenia' aos nazistas e ao Holocausto. Mas isso está errado. Na verdade, Hitler aprendeu com o que os EUA haviam feito", afirma Daniel Kevles, historiador da ciência da Universidade de Yale, aposentado recentemente.
Segundo Kevles, para entender a eugenia, é preciso voltar à Inglaterra vitoriana, em meados de 1800. "Tudo começou com as ideias de Francis Galton, cientista que era primo de Darwin. Ele era antropólogo, geógrafo, explorador, inventor, meteorologista, estatístico, psicólogo. Mas o que lhe fascinava acima de tudo era a genialidade e a herança biológica."
Galton acreditava que, se conseguíssemos encontrar a maneira de quantificar essa hereditariedade, poderíamos controlá-la e produzir humanos melhores, como fazemos com o gado e com as plantas. A esse novo programa de reprodução seletiva que permitiria tomar as rédeas da nossa evolução, se deu o nome de eugenia.
"Não era irracional que biólogos como Galton pensassem que, se as ciências físicas estavam mudando o mundo tão dramaticamente - as ferrovias, a luz elétrica, o telefone -, as ciências da vida poderiam fazer o mesmo."

Contexto americano

Image caption Local onde se realizavam esterilizações agora se chama Centro de Treinamento Central da Virgínia
Até a virada do século, a ideia de Galton estava se disseminando pelo mundo. Começou a enraizar-se nos Estados Unidos em parte porque nessa época as pessoas estavam preocupadas com o que estava acontecendo com suas cidades. Seus apoiadores tinham uma tendência de ser "da classe média, brancos e bem educados, que se sentiam perturbadas com as favelas industriais".
Desde a Revolução Industrial, a partir de meados do século 19, os camponeses começaram a ir para as cidades em busca de trabalho nas fábricas. Foi uma das primeiras vezes na história que os Estados Unidos tiveram de enfrentar problemas sociais urbanos.
"Crime, prostituição, alcoolismo, pobreza. Além dos camponeses, os imigrantes também estavam chegando em grandes ondas vindos do sul e do leste da Europa. Houve uma confluência de fatores nos primeiros 15 anos do século 20 nos Estados Unidos que criou um público para a eugenia", explica o historiador.
A teoria deu àqueles que estavam aterrorizados com o que viam nas ruas uma estrutura biológica para a compreensão da situação: tudo se resumia a problemas hereditários. No entanto, não era precisamente a isso que Galton se referia: para o vitoriano, a eugenia tratava de fomentar a reprodução de gênios.
Foi nos Estados Unidos que a eugenia ganhou contornos mais negativos: o controle de quem se reproduziria e quem não teria esse direito. "Isso acontecia porque os Estados Unidos pareciam estar se 'degenerando' - essa era a palavra usada na época", disse Kevles.
"A eugenia é normalmente tratada como uma pseudociência. Mas, no meu ponto de vista, ciência é o que os cientistas fazem. E nessa época, muitos cientistas estavam interessados na eugenia."

Mãos à obra

Direito de imagem Getty Images Image caption Uma revista do começo do século 20 exibe a manchete: 'Devemos reproduzir ou esterilizar os defeituosos?'

A eugenia não interessou somente a cientistas maus, mas também àqueles que queriam saber como herdávamos certas características. Em 1910, foi criado um laboratório perto da cidade de Nova York, citado no começo dessa reportagem, que se chamava "Oficina de Registro de Eugenia".
Lá, as informações eram coletadas, processadas e arquivadas. Eles estavam interessados em todo tipo de característica: desde a cor dos cabelos e olhos até o daltonismo e a epilepsia, além de curiosidades como "o amor pelo mar", algo que chamavam de "ciganismo", "genes de guerreiros", até outros menos exóticos, como a promiscuidade, controle moral, "vagabundagem" e sobriedade.
Apesar disso, a eugenia se converteu em uma palavra familiar nos Estados Unidos: aparecia nos jornais, no rádio, nos filmes. Nas feiras agrícolas, começaram a aparecer alguns "concursos de famílias mais aptas" - eram como os de gado, só que as famílias se submetiam a provas médicas, psicológicas e de inteligência, além de entregarem um histórico familiar. Os ganhadores recebiam uma medalha com a seguinte frase bíblica: "Tenho uma bela herança" (Salmo 16:6).
Além desses, também havia concursos nas universidades, e os jovens mais privilegiados eram incentivados sobre o "dever de se reproduzir". "Todo mundo era eugenista, porque não sabiam dos crimes que seriam cometidos por causa dessa palavra", afirmou Kevles.

'Três gerações de imbecis são suficientes'

Direito de imagem Getty Images
Image caption A teoria de Francis Galton foi bem aceita nos EUA, mas resultou em limpezas étnicas e esterilizações forçadas
Em meados de 1920, esterilizar pessoas era legal em alguns Estados americanos. Mas ainda não havia uma lei federal para a esterilização compulsiva nos EUA. Muitas das leis estaduais foram levadas às cortes e anuladas, porque os juízes não aprovavam esterilização sem consentimento.
Mas em 1927 foi emitida uma decisão sobre a constitucionalidade da esterilização por eugenia. O caso Bucks versus Bell ficou famoso na Suprema Corte e representou um ponto de inflexão na história da eugenia nos Estados Unidos.
Carrie Buck era uma jovem interna na Colônia Estatal de Virginia para Epiléticos e Débeis Mentais. O superintendente era John Bell, que queria impedir que ela tivesse filhos. O caso chegou à Suprema Corte, e os juízes, depois de aceitarem que tanto ela como a mãe era "débeis mentais e promíscuas", votaram 8 a favor e 1 contra por sua esterelização. 

Além de determinarem que isso era constitucional, os juízes ainda afirmaram que seria "irresponsável" não fazê-lo. O veredito escrito pelo juiz Oliver Wendell Holmes Junior em 2 de maio de 1927 dizia:
"É melhor para todo mundo se, em vez de esperar para executar os descendentes degenerados por algum crime ou deixar que morram de fome por causa da imbecilidade, a sociedade possa prevenir aqueles que são manifestadamente inaptos de se reproduzirem. O princípio que sustenta a vacinação obrigatória é suficientemente amplo para cobrir o corte das trompas de Falópio. (...) Três gerações de imbecis são suficientes." 

Direito de imagem Science Photo Library
Image caption "Concordo com o senhor se o que quer dizer, como suponho, é que a sociedade não tem por que permitir que os degenerados se reproduzam", diz a carta de Theodore Roosevelt (1858-1919) ao biólogo eugenista Charles Benedict Davenport (1866-1944)

Se a eugenia era popular antes desse veredito, a partir desse momento, era lei. "Nos anos 30 a esterilização disparou", lembra Kevles. Os surdos, cegos, epiléticos, "débeis mentais" e até pobres eram esterilizados, já que a pobreza tinha seu próprio diagnóstico médico: o pauperismo. Qualquer pessoa considerada um obstáculo para a sociedade estava em risco.
Cerca de 60 a 70 mil indivíduos foram esterilizados nos Estados Unidos. E o mais surpreendente é que, em alguns Estados, como a Virginia, a esterilização continuou até 1979.

Esquecimento

Direito de imagem Science Photo Library
Image caption Alguns dos participantes do concurso "família mais apta" no estado do Kansas, nos anos 1920
Quando o advogado Mark Bold, da cidade de Lynchburg, na Virginia, estava cursando a universidade, uma de suas aulas era dedicada a "sentenças lamentáveis'. Entre elas, ele ficou obcecado pelo caso Bucks vs. Bell. "Eu me dei conta de que a maioria das pessoas não sabia do que tinha acontecido."
Depois da 2ª Guerra Mundial, a eugenia foi associada aos nazistas, e, quase ao mesmo tempo, nossa compreensão sobre a genética começou a se expandir e ideias como a da teoria caíram em descrença. Por isso, a lembrança da eugenia não relacionada ao Terceiro Reich foi se apagando.
Bold sentiu que "tinha que fazer algo", por isso estudou a história, conversou com a maior quantidade de pessoas que conseguiu e até encontrou alguns dos útimos sobreviventes. Um deles, E. Lewis Reynolds, tem 88 anos de idade. Quando criança, seu primo jogou uma pedra na sua cabeça, o que lhe causou convulsões.
Direito de imagem Christian Law Institute
Image caption E. Lewis Reynolds recebeu indenização, mas nunca pôde ter filhos
Pelo menos, essa é uma versão do que pode ter acontecido, já que não se recorda muito bem. O que ele sabe, e está registrado, é que o levaram à Colônia Estatal da Virgínia para Epilépticos e Débeis Mentais.
Somente anos mais tarde, depois de fazer um exame médico para se alistar no Exército dos Estados Unidos, é que ele foi saber do que havia acontecido. "O médico me disse que eu poderia dormir com quantas mulheres eu quisesse, porque eu 'disparava cartuchos vazios' - foi isso que ele me disse", contou ele à BBC.
"Contei para minha noiva, mas ela disse que gostava muito de mim para me abandonar. Casamos e ficamos juntos muitos anos. Ela morreu há oito. Acho que me fizeram mal. Não deveriam ter me operado. Tiraram meu direito de ter uma família", lamenta Reynolds.

Perguntas perigosas

Direito de imagem Science Photo Library
Image caption Cartazes afirmava que tanto a epilepsia quanto a pobreza são herdadas e que no 'triângulo da vida' se pode melhorar a educação, o ambiente, mas não se pode fazer nada para melhorar a hereditariedade
Já há alguns anos, Mark Bold pressionava os legisladores de Virgínia para que compensem as vítimas . "Não podemos esperar, elas vão morrer", disse.
Finalmente, seu trabalho surtiu efeito: o Estado aceitou pagar US$ 25 mil (R$ 77mil) para cada uma. "Não sei como colocar um preço quando te tiram o direito de ter filhos, por isso é arbitrário. Mas é um gesto: declara que o Estado se portou mal", afirmou Kevles.
Mas não há dúvida de que o Estado não foi o único culpado - a ciência também foi. "A ciência é um processo, sempre está em mudança constante. O que hoje é verdade absoluta, não será amanhã. É especialmente importante prestar atenção quando o que está em jogo é a liberdade, a dignidade, e os direitos humanos", acrescentou.
Ao nos esforçarmos para entender e melhorar a condição humana, Kevles pede que não nos esqueçamos da eugenia porque, ainda que muito tenha mudado desde que Francis Galton concebeu a ideia, há algo que segue igual: os cientistas seguem sendo seres sociais.
As perguntas que eles fazem podem ser produtos de seus preconceitos sociais.
"'As meninas são melhores em matemática do que os meninos' ou 'as pessoas de cor são menos inteligentes do que as outras'... por que fazemos essas perguntas? Também há perguntas sobre as características genéticas da violência, ou do vício. E fazemos essas perguntas porque elas têm uma importância social, política e econômica, não porque sejam inerentemente interessantes", explica.
E conclui: "Devemos ter muito mais cuidado e não 'genetizar' ou 'medicalizar' as condições humanas que nos assustam, nos incomodam e nos custam". 


http://www.bbc.com/portuguese/internacional-39625619

@ciência @nazismo

O papel do BNDES nas exportações das empreiteiras - Celso Ming

O ESTADO DE S. PAULO - 23/04/17

Por pelo menos nove países da América Latina e três da África vão pipocando denúncias de corrupção patrocinada por empreiteiras brasileiras. E ficou difícil negar que, em muitas situações, mesmo em conformidade com os procedimentos técnicos, o BNDES fazia parte do jogo.
Só a Odebrecht está envolvida em pelo menos 10 casos até agora sob sigilo, alegadamente porque é preciso esclarecer em que país devem correr os processos.

As investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos dão conta de que a Odebrecht pagou subornos milionários a políticos e seus parentes, partidos e funcionários públicos em pelo menos 12 países, com o objetivo de garantir contratos de obras de infraestrutura, como hidrelétricas, metrôs e rodovias.

Embora a imprensa brasileira já viesse levantando suspeitas que envolvem projetos de exportação de serviços do Brasil, a direção do BNDES martelava que nada tinha a dizer sobre os casos em que aparecia como financiador porque estavam sob sigilo bancário, mesmo em se tratando de banco público.

O diretor de Comércio Exterior e Fundos, Ricardo Ramos, reconhece que o BNDES financiou ou ajudou a financiar quase 200 contratos de exportação de serviços (de infraestrutura) que beneficiaram empreiteiras brasileiras, com financiamentos de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 41 bilhões).

Ele assegura que o BNDES está limpo, porque fez desembolsos apenas em reais, sempre no Brasil e em bancos brasileiros.

O BNDES, diz ele, não se dedicou a fazer análises de viabilidade técnica desses projetos porque focava a oportunidade de exportação de bens que acompanhava os projetos, cumpria decisões de Estado e, na maioria dos casos, contou com garantia dos respectivos Tesouros. "É zero de default, até a Venezuela está pagando", disse Ramos a esta Coluna.

Sim, tudo parece tão limpo, em reais e tal, mas eis que, lá pelas tantas, aparecem digitais de doleiros e nítidos rastros de corrupção. "Não podemos nos responsabilizar pela interferência de doleiros e do que aconteceu depois", disse Ramos.

A evidência de que não estava tudo dentro dos conformes também no BNDES é o fato de que, a partir de outubro, houve importante mudança de rumos.

O BNDES deixou de agarrar-se ao estatuto do sigilo bancário e se dispôs a franquear suas operações. Já não bastam garantias de Estado. Cada projeto de exportação de serviços com cobertura do BNDES tem agora de passar por análises de viabilidade econômica, ambiental e tudo o mais. E das empresas brasileiras encarregadas de operar os projetos passaram a ser exigidos termos de compliance, compromisso de que seus negócios seriam tocados dentro das regras, sem desvios de recursos.

Até mesmo contratos antigos foram enquadrados.

Se nada havia de errado com o BNDES e se os contratos de exportação de serviços cumpriam os requisitos que garantiam o retorno dos recursos, por que, então, essa mudança drástica de paradigma? "Mudou porque a sociedade brasileira passou a dizer que as regras anteriores não eram suficientes", responde Ramos.

E por que os contratos de exportação de serviços envolveram apenas países do chamado terceiro mundo, em certo número de casos governados por dirigentes que estão sobre graves acusações de corrupção?

Hoje se suspeita de que parte das exportações de serviços dava cobertura a operações de troca de chumbo entre políticos, possivelmente destinados a garantir financiamentos recíprocos de campanha. Nas delações da Odebrecht, Hilberto Mascarenhas, ex-executivo do departamento que operacionalizava as propinas da empresa, revelou que o marqueteiro do PT João Santana, hoje preso, foi pago pela Odebrecht para atuar em campanhas presidenciais de cinco países, entre os quais estão três grandes devedores do BNDES.

Mas Ramos se limita às explicações técnicas: (1) As exportações de serviços atendem a interesses do Brasil, porque capacitam a engenharia nacional, contribuem para certificar empresas brasileiras, garantem empregos de qualidade por aqui e alavancam exportações de bens e equipamentos. E (2) o espaço para serviços de envergadura nos países avançados já está ocupado; dificilmente grandes obras de infraestrutura nos Estados Unidos, na Europa, no Japão e na China serão executadas por empreiteiras brasileiras.

Curiosidade: Nas denúncias da Lava Jato, surgiu até o nome da ex-presidente da Petrobrás Graça Foster. Não apareceram nem o do presidente anterior, José Gabrielli, nem o do então presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

sábado, 22 de abril de 2017

Vídeo e imagens: Dicas sobre AVC








Importante:

Durante o churrasco, A amiga caiu. Queriam chamar uma ambulância mas ela insistiu que estava bem e que só tropeçara por causa dos sapatos novos. Ela estava um pouca pálida e tremia. Inês passou o resto da noite bem disposta e alegre. Mais tarde, o marido dela telefonou a informar, que a mulher fora internada no hospital. Às 23 horas falecera. Ela tinha tido um AVC durante o churrasco. Se os outros soubessem reconhecer os sintomas do AVC, ela poderia ainda estar viva. Algumas pessoas não morrem logo mas ficam durante muito tempo sujeitas a apoios e numa situação de desespero.
Só demora 1 minuto a ler o seguinte....
Como neurologista lhes informo que é possível melhorar completamente os sintomas do AVC e evitar sequelas.
O truque é diagnosticar e tratar a pessoa durante as primeiras 3 horas. Como reconhecer um AVC?: Há 4 passos que devem ser seguidos para reconhecer um AVC. - peça à pessoa para rir (ela não vai conseguir). - Peça à pessoa para dizer uma frase simples (por exemplo: hoje está um dia bonito). - Peça à pessoa para levantar os dois braços (não vai conseguir bem). - Peça à pessoa para mostrar a língua (se a língua estiver torta ou virar dum lado para o outro, é um sintoma). Se a pessoa tem alguns destes sintomas chamar imediatamente o médico, descrever os sintomas ao telefone.
   Se for possível divulgar estas dicas a um número elevado de pessoas, podemos ter a certeza, que alguma vida - eventualmente a nossa própria possa ser salva.


@medicina @longevidade


Balanço de uma década (anos 2000), por Ricardo Araujo Pereira

Do Livro "Se Não Entenderes Eu Conto de Novo, Pá", de Ricardo Araujo Pereira )


Quanto menos nos lembrarmos destes dez anos, melhor. Não pode dizer-se que tenha sido uma década memorável

O primeiro facto saliente acerca da década que agora termina é a resistência que oferece a quem pretenda referir-se a ela. Os anos sessenta são fáceis de designar, assim como os anos setenta ou oitenta, mas "os anos zero" é uma expressão que está ainda à espera de ser cunhada - talvez por ser estranha e, além do mais, imprecisa. Acabamos, portanto, de viver dez anos que não conseguimos denominar. Há males que vêm por bem: quanto menos nos lembrarmos destes dez anos, melhor. Não pode dizer-se que tenha sido uma década memorável. Foram dez anos que começaram, aliás, sob o signo da desilusão: o mundo não acabou no ano 2000, o que frustrou de igual modo os bruxos e aquela gente apreciadora dos grandes eventos. Os americanos bem tentaram, elegendo George Bush logo no primeiro ano da década, e deve reconhecer-se ele fez um esforço notável, mas, como em quase tudo o resto, fracassou.
Outra desilusão, talvez maior ainda, foi provocada pelos escritores de ficção científica. Anos e anos a escreverem sobre o século XXI, que afinal é igualzinho ao século XX mas com mais telemóveis. O tamanho do nosso crânio não aumentou, não vestimos todos de igual, não viajamos em naves. O futuro chegou e, não há como negá-lo, é aborrecido. Não só não viajamos em naves como passou a ser mais difícil viajar de avião. As viagens aéreas, que a ficção científica previa cada vez mais sofisticadas e rápidas, por causa dos atentados de 11 de Setembro de 2001 tornaram-se bastante mais lentas e rudimentares. Em lugar de homens do futuro que entram em naves rodeados de fumo e munidos de aparelhos altamente tecnológicos, somos homens do passado que entram nos aviões descalços, sem o cinto das calças e impedidos de levar até uma garrafa de água.
Entretanto, nem tudo são más notícias: a justiça portuguesa aproximou-se do nível da justiça internacional. Não, evidentemente, por ser ter tornado mais rápida, mas porque a justiça internacional se tornou vagarosa. Milosevic e Pinochet foram julgados por crimes contra a humanidade, tendo falecido antes de conhecerem o veredicto. Se pensarmos que Pinochet morreu com 91 anos, o processo Casa Pia deixa de parecer tão demorado, embora tenha ocupado sete anos desta década e ameace ocupar vários da próxima.
Após a intervenção americana no Iraque, Saddam Hussein foi democraticamente executado por um grupo de alegres convivas. Pareceu apropriado que, tendo a guerra sido feita a pretexto de armas de destruição maciça imaginárias, a democracia imposta fosse, também ela, pouco mais que uma fantasia. O enforcamento foi filmado pelo telemóvel de um dos carrascos e colocado no YouTube. Foi dos filmes mais vistos do ano, juntamente com um em que dois gatinhos brincam com um novelo.
Na internet, o aparecimento das redes Hi5, Facebook, Orkut e Twitter, entre outras, permitem que pessoas com pouco jeito para fazer amigos na vida real consigam fazê-los no computador, e que as pessoas com pouco jeito para fazer amigos na vida real e no computador critiquem duramente este tipo de rede. O aparecimento da Wikipedia, uma enciclopédia feita por gente que não domina especialmente qualquer área do saber, deu ao cidadão comum a satisfação de sentir que os seus conhecimentos são, muitas vezes, superiores aos dos enciclopedistas. Nas entradas da Wikipedia que utilizei para fazer este balanço da década, o ano de 2003 tem mais datas referentes a aspectos relacionados com os concorrentes do concurso Operação Triunfo do que, por exemplo, aos aspectos da economia mundial.
Um negro foi eleito pela primeira vez presidente da Harvard Law Review. Um negro candidatou-se pela primeira vez à presidência dos Estados Unidos. Um negro venceu pela primeira vez as eleições americanas. Infelizmente, foi sempre o mesmo negro. Continuamos sem saber bem se os Estados Unidos e o mundo resolveram parar de discriminar os negros ou só este em particular.
Em Portugal, José Sócrates foi eleito pela primeira vez a 20 de Fevereiro de 2005 e começou desde essa data a vestir cada vez melhor e a governar cada vez pior. No entanto, uma vez que sucedeu a Pedro Santana Lopes, durante uns meses chegou mesmo a parecer um bom primeiro-ministro. Nos primeiros cinco minutos do mandato, o nome de José Sócrates não apareceu associado a qualquer escândalo.
No futebol, num certo sentido a década foi dominada por Portugal: José Mourinho emergiu como o melhor treinador da actualidade e Cristiano Ronaldo sagrou-se melhor jogador do mundo. Os portugueses impõem-se cada vez mais no futebol mundial e cada vez menos na selecção nacional.

E, até agora, foi mais ou menos isto que se passou. Mas tenho esperança de que, nos 15 dias que lhe sobram, a década ainda consiga dar a volta por cima.

@humor 

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Os Filhos do Quarto(Cassiana Tardivo)

Antes perdíamos filhos nos rios, nos matos, nos mares,
hoje temos perdido eles dentro do quarto!

Quando brincavam nos quintais ouvíamos suas vozes, escutávamos suas fantasias e ao ouvi-los,
mesmo a distância, sabíamos o que se passava em suas mentes.

Quando entravam em casa não existia uma TV em cada quarto, nem dispositivos eletrônicos em suas mãos.

Hoje não escutamos suas vozes, não ouvimos seus pensamentos e fantasias, as crianças estão ali, dentro de seus quartos, e por isso pensamos estarem em segurança.
Quanta imaturidade a nossa.

Agora ficam com seus fones de ouvido, trancados em seus mundos, construindo seus saberes sem que saibamos o que é...

Perdem literalmente a vida, ainda vivos em corpos, mas mortos em seus relacionamentos com seus pais, fechados num mundo global de tanta informação e estímulos, de modismos passageiros, que em nada contribuem para formação de crianças seguras e fortes para tomarem decisões moralmente corretas e de acordo com seus valores familiares.

Dentro de seus quartos perdemos os filhos pois não sabem nem mais quem são ou o que pensam suas famílias, já estão mortos de sua identidade familiar...

Se tornam uma mistura de tudo aquilo pelo qual eles tem sido influenciados e pais nem sempre já sabem o que seus filhos são.

Você hoje pode ler esse texto e amar, mandar para os amigos.
Pode enxergar nele verdades e refletir. Tudo isso será excelente.

Mas como Psicopedagoga tenho visto tantas famílias doentes com filhos mortos dentro do quarto, então faço você um convite e, por favor aceite !

Convido você a tirar seu filho do quarto, do tablet, do celular, do computador, do fone de ouvido, convido você a comprar jogos de mesa, tabuleiros e ter filhos na sala, ao seu lado por no mínimo 2 dias estabelecidos na sua semana a noite (além do sábado e domingo).

E jogue, divirta-se com eles, escute as vozes, as falas, os pensamentos e tenha a grande oportunidades de tê-los vivos, "dando trabalho" e que eles aprendam a viver em família, se sintam pertencentes no lar para que não precisem se aventurar nessas brincadeiras malucas para se sentirem alguém ou terem um pouco de adrenalina que antes tinham com as brincadeiras no quintal !


Cassiana Tardivo
Psicopedagoga

@psicologia @cotidiano

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Previdência na Escócia (do Livro Sapiens - Uma Breve História da Humanidade)

Já que o tema do momento é previdência,  repasso este texto que recebi.

Da leitura do excelente livro SAPIENS - “Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari, em sua página 266, extraio uma interessante narrativa:
“Em 1744, dois clérigos presbiterianos da Escócia, Alexander Webster e Robert Wallace, decidiram criar um fundo de seguro de vida que pagaria pensões a viúvas e órfãos filhos de pastores falecidos. Eles propunham que cada um dos pastores de sua igreja dedicasse uma pequena parte de sua renda para o fundo, que investiria o dinheiro. Se um pastor morresse, sua esposa receberia dividendos sobre os lucros do fundo. Isso lhe permitiria viver confortavelmente pelo resto da vida. Porém, para determinar quanto os pastores tinham de pagar a fim de que o fundo tivesse dinheiro suficiente para honrar suas obrigações, Webster e Wallace precisavam ser capazes de prever quantos pastores morreriam a cada ano, quantas viúvas e órfãos eles deixariam e quantos anos as viúvas viveriam a mais do que os maridos”.
Sendo religiosos, poderiam ter recorrido a orações ou a profecias. Em vez disso, sendo escoceses, e por isso pragmáticos, procuraram um professor de matemática da Universidade de Edimburgo, Colin Maclaurin. Daí partiram para a busca de tábuas atuariais elaboradas por Edmond Halley (o “padrinho” do famoso cometa) a partir de estudos do professor alemão Caspar Neumann, feitos em Breslau, Alemanha.
Após essas incursões absolutamente “laicas”, Webster e Wallace o que veio a ser o Fundo de pensão para Viúvas e Filhos dos Pastores da Igreja da Escócia. Em 1765, vinte e um anos depois, o Fundo tinha um capital de 58.347 líbras, uma libra (apenas uma!) menos do que eles previram! Hoje o Fundo, conhecido como Scottish Widows, é uma das maiores empresas de seguros e pensões do mundo, com ativos da ordem de 100 bilhões de libras, ou 500 bilhões de reais!
Ao longo desses 250 anos, vivemos uma revolução demográfica e transformações sociais extraordinárias. Mesmo assim, pode-se constatar que os pastores Webster e Wallace nos deixaram uma lição de razoável sustentabilidade, especialmente porque não foram buscar na religião, na superstição, na ideologia ou na fé os fundamentos para a previdência.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapiens:_Uma_Breve_Hist%C3%B3ria_da_Humanidade 

http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/nosso-dna-ainda-acha-que-estamos-na-savana-africana-diz-professor-de-historia-israelense-15600286 

@economia @aposentadoria

terça-feira, 18 de abril de 2017

Vídeo: He ain’t heavy, he is my brother

Você conhece esta música. E vai gostar muito mais dela a partir de agora.

“He ain’t heavy, he is my brother” é balada escrita por Bobby Scott e Russell Bob. Originalmente gravada por Kelly Gordon em 1969, a canção se tornou um sucesso mundial depois de gravada por The Hollies no final daquele ano e novamente por Neil Diamond em 1970.

Dizem que o fato que inspirou essa canção foi o seguinte: certa noite, em uma forte nevasca, na sede de um orfanato em Washington DC, um padre plantonista ouviu alguém bater na porta. Ao abri-la ele deparou-se com um menino coberto de neve, com poucas roupas, trazendo em suas costas, um outro menino mais novo. A fome estampada no rosto , o frio e a miséria dos dois comoveram o padre. O sacerdote mandou-os entrar e exclamou: “Ele deve ser muito pesado”.

O que o que carregava disse: “ele não pesa, ele é meu irmão. (He ain’t heavy, he is my brother) Não eram irmãos de sangue realmente. Eram irmãos de rua.
O autor da música soube do caso e se inspirou para compô-la. E da frase fez-se o refrão. Esses dois meninos, foram adotados pela instituição.”Missão dos Órfãos”, em Washington, DC.

@música @cotidiano @pop @música

O maior ícone marxista detona o PT e a esquerda latina (Clóvis Rossi - Folha de São Paulo)

 Os governos de esquerda que se disseminaram pela América Latina, Brasil inclusive, fracassaram. No caso do Brasil (e também da Venezuela), o fracasso não é apenas das políticas adotadas mas também do ponto de vista ético.

Não, não é a análise de algum direitista empedernido mas de ninguém menos que o maior ícone do marxismo, talvez o último marxista relevante ainda existente no planeta, depois que o colapso da União Soviética sepultou todos os demais sob os escombros do Muro de Berlim.

Chama-se Noam Chomsky, linguista, filósofo e ativista político, que completará 90 anos em 2018.

Eis o que disse Chomsky em entrevista para "Democracy Now", programa diário de "notícias independentes", como se pode ler no seu sítio na internet:

Depois de reconhecer que houve conquistas, ressalva que "os governos de esquerda fracassaram em usar a oportunidade disponível para tentar criar economias sustentáveis e viáveis. Quase todos –Venezuela, Brasil, outros, Argentina– dependeram da alta de preços das commodities, que é um fenômeno temporário. O preço das commodities de fato subiu, principalmente por causa do crescimento da China. Por isso houve aumento no preço do petróleo, da soja e assim por diante".

Prossegue: "Em vez de tentar desenvolver uma economia sustentável com manufaturas, agricultura etc, eles simplesmente apoiaram-se nas commodities –matéria prima que podiam exportar".

Neste ponto, Chomsky enfia o dedo na ferida com mais força:

"Isso [a dependência das commodities] é muito daninho, é um modelo daninho de desenvolvimento, porque, quando você exporta grãos para a China, digamos, eles exportam bens manufaturados para você, o que mina suas indústrias manufatureiras".

A análise de Chomsky está longe de ser uma novidade. Uma penca de analistas cansou de fazer a mesma avaliação sobre os governos de Lula e Dilma, para ficar só no caso do Brasil.

O que há de novo é que alguém de esquerda enfim abre os olhos e diz o rei está nu, coisa que nenhum intelectual de esquerda o fez até agora no Brasil.

Apenas frei Betto apontou, mais de uma vez, o fato de que os governos do PT reproduziram políticas de governos anteriores e não introduziram reformas estruturais (se me escapou algum outro analista de esquerda que tenha feito análises parecidas, me avise, leitor).

Mas Chomsky não se limita à crítica no campo da economia. Ataca também a corrupção, nos seguintes termos:

"Como se não bastasse [o modelo daninho de desenvolvimento], houve enorme corrupção. É simplesmente doloroso ver que o Partido dos Trabalhadores no Brasil –que implantou medidas significativas– simplesmente não pôde manter as mãos fora da caixa registradora. Juntaram-se à elite extremamente corrupta, que está roubando o tempo todo, tomou parte [no esquema] e desacreditou-se".

Ao contrário da esquerda brasileira, que continua endeusando Lula como se fosse o único político honesto na face da Terra, Chomsky preconiza a escolha de novas lideranças.

Pede "forças mais honestas que, primeiro de tudo, reconheçam a necessidade de desenvolver a economia de uma maneira que tenha um alicerce mais sólido, não apenas baseado na exportação de matérias primas, e, em segundo lugar, sejam honestas o suficiente para desenvolver programas decentes sem roubar o público ao mesmo tempo".

Quando é que a intelectualidade que se acha de esquerda vai ter a decência básica de dizer o que seu ícone maior está dizendo agora? Até um cardeal petista já admitiu que seu partido "lambuzou-se" (pena que ele próprio esteja na lista dos suspeitos de se ter lambuzado).

Não adianta nada elaborar manifestos com projetos para o país se não se disser que, com a corrupção que corroeu o principal partido da esquerda, não há desenvolvimento possível e, portanto, são necessárias "forças mais honestas".


    Ed Betz - 20.set.2006/Associated Press    
Hugo Chavez. President of Venezuela, holds up a book by Noam Chomsky as he addresses the 61st session of the U.N. General Assembly at UN headquarters, Wednesday, Sept. 20, 2006
Então líder da Venezuela, Hugo Chávez exibe livro de Chomsky na assembleia-geral da ONU em 2006

Por fim, a Venezuela, sobre a qual a esquerda toda silencia: Chomsky não hesita em descobrir o óbvio, ou seja que está em "situação realmente desastrosa".

Além da economia continuar dependente do petróleo, "certamente mais do que no passado", há "a corrupção, a roubalheira, que tem sido extrema, sob e especialmente depois da morte de Chávez".

Termina dizendo que as promessas dos primeiros dias do chavismo "têm sido significativamente perdidas".

Até quando a esquerda brasileira vai continuar sócia do imenso fracasso que é o socialismo do século 21 e da promiscuidade com uma empreiteira que confessou, de público, um lote impressionante de maracutaias?

*

P.S.: O leitor Roberto Mifano chama minha atenção, com razão, para o fato de que intelectuais de esquerda fizeram, sim, críticas à atuação do PT. Quando escrevi que haviam silenciado, me referia não a todos os de esquerda mas aos petistas propriamente ditos. Mifano lembra, entre outros, de Chico de Oliveira, Paulo Arantes, Michel Lowi e Roberto Schwarz, aos quais peço desculpas pela omissão.



http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2017/04/1876186-o-maior-icone-marxista-detona-o-pt-e-a-esquerda-latina.shtml

@economia @política @Brasil

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Vídeo: O outro Par (Sara Rozik)

 

O filme egípcio "O OUTRO PAR", com apenas 4 minutos de duração,  ganhou o prêmio de melhor curta em festival de cinema. A diretora tem 20 anos de idade. Lei do retorno.
Faça pelos outros , o q vc gostaria q fizesse por vc.
O Outro Par  é uma curta-metragem da cineasta egípcia "Sara Rozik", que ganhou o prêmio no Festival de Luxor, em 2014.

O curta foi inspirado por um incidente que envolveu Mahatma Gandhi: ele lembra que certo dia, ao entrar num comboio na Índia, escorregou e perdeu um sapato.
Para espanto dos seus companheiros, ele calmamente tirou o outro sapato e lançou-o para cair perto do primeiro, enquanto o comboio se afastava da estação. Um passageiro perguntou-lhe porque fez isso. Gandhi sorriu e disse: *– Se um homem pobre encontrar apenas um sapato de nada lhe servirá. Agora ele terá um par, que eu tive a honra de doar.*




@filosofia

Sede Passantes - sobre a Páscoa (Yves Leloup)


Sede passantes

Este tema da passagem é o tema da Páscoa.
Pessah em hebraico, quer dizer passagem.
A passagem, no rio, de uma margem à outra margem,
a passagem de um pensamento a outro pensamento,
a passagem de um estado de consciência
a outro estado de consciência.
A passagem de um modo de vida
a um outro modo de vida.
Somos passageiros.

A vida é uma ponte e, como diziam os antigos,
não se constrói sua casa sobre uma ponte.
Temos que manter, ao mesmo tempo,
as duas margens do rio, a matéria e o espírito,
o céu e a terra, o masculino e o feminino e
fazer a ponte entre estas nossas diferentes partes,
sabendo que estamos de passagem.
É importante lembrar-se do carácter passageiro de nossa existência,
da impermanência de todas as coisas,
pois o sofrimento geralmente é de querermos fazer durar
o que não foi feito para durar.

A grande páscoa é a passagem desta vida mortal para a vida eterna,
é a abertura do coração humano ao coração divino.
É a passagem da escravidão para a liberdade,
passagem que é simbolizada pela migração dos hebreus,
do Egito para a terra Prometida.
Mas não é preciso temer o Mar Vermelho.
O mar de nossas memórias, de nossos medos, de nossas reações.
Temos que atravessar todas estas ondas, todas estas tempestades,
para tocar a terra da liberdade,
o espaço da liberdade que existe dentro de nós.

Sede passantes.
Creio que esta palavra é verdadeiramente um convite
para continuarmos nosso caminho
a partir do lugar onde algumas vezes paramos.
Observemos o que pára a vida em nós,
o que impede o amor e o perdão,
onde se localiza o medo dentro de nós.
É por lá que é preciso passar, é lá o nosso Mar Vermelho.
Mas, ao mesmo tempo, não esqueçamos a luz,
não esqueçamos a liberdade, a terra que nos foi prometida.


@filosofia

Dicas contra a tuberculose


@medicina @contágio

domingo, 16 de abril de 2017

Vídeo: faça a sua vida valer a pena (ciclo da vida em 45 segundos)


@filosofia

A tecnologia contra os juros altos

VEJA  - Bianca Alvarenga 16/04/2017

As fintechs, empresas digitais de serviços financeiros, usam os recursos da computação para oferecer taxas mais baixas e ampliar a concorrência bancária
TODO EMPREENDEDOR sabe o que é encontrar portas fechadas para seus projetos. Ainda mais quando se trata de um estrangeiro que decide abrir um negócio por aqui. O colombiano David Vélez ouviu inúmeras vezes que o mercado de crédito brasileiro era fechado demais e que não era possível concorrer com os grandes bancos. Resolveu ignorar as pitonisas do apocalipse e criou o Nubank (em inglês, o nome soa como new bank, ou novo banco), uma instituição financeira digital, sem agências, cujo único serviço, até o momento, é um cartão de crédito sem anuidade e com juros mais camaradas do que a média do mercado. Seu segredo? Uma triagem de clientes, feita por algoritmos e tendo como base o perfil do interessado. Consumidor com bom histórico paga juro menor. Desde 2013, a fórmula conquistou mais de 1 milhão de pessoas, um número expressivo no universo de 86 milhões de cartões de crédito ativos no país.
O Nubank é o expoente nacional das fintechs, como são chamadas as empresas de tecnologia que oferecem serviços financeiros por aplicativos ou pela internet. Criadas graças ao avanço das tecnologias da informação, elas vieram para desafiar a supremacia dos bancões. Hoje, existem 250 empresas do tipo operando no Brasil - até 2015 esse número não passava de sessenta. E os investimentos nos últimos anos em iniciativas semelhantes já somam mais de 1 bilhão de reais. Para o consumidor, é uma excelente notícia. Essas empresas estão trazendo concorrência para o setor bancário, dominado hoje por cinco gigantes: Itaú, Bradesco, Caixa, Banco do Brasil e Santander. Juntos, eles detêm 80% de todos os ativos financeiros e 82% das operações de crédito realizadas no país.

Talvez você ainda não tenha ouvido falar das fintechs. Mas os bancões tradicionais já entenderam o perigo que a expansão delas representa para seu negócio. Em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), no ano passado, Roberto Setúbal, presidente do Itaú, disse: "Tenho certeza de que nós, bancos, temos de correr". A preocupação de Setúbal é um sinal dos novos tempos. O potencial de crescimento das fintechs é enorme, justamente porque elas avançam tirando proveito da ineficiência dos bancos maiores.

Depois de uma série de fusões e aquisições, o setor financeiro brasileiro testemunhou uma brutal queda na concorrência. Em paralelo às fusões, que juntaram marcas como Itaú e Uni-banco, encerraram as atividades por aqui instituições como o inglês HSBC e o americano Citibank (veja 0 quadro acima). Hoje, 0 único grupo de fora a figurar entre os maiores é 0 espanhol Santander. "Depois da crise internacional, os bancos estrangeiros passaram por um momento de maior risco e decidiram aprofundar as raízes nos países em que são líderes", diz Cláudio Gallina, diretor da Fitch, agência de avaliação de crédito.

Pois essa falta de concorrência acaba sendo um dos obstáculos à queda dos juros bancários, embora existam outras razões, a exemplo dos níveis de tributação, das regulações e do elevado índice de inadimplência. Tal situação ajuda a explicar por que a taxa básica do Banco Central, a Selic, diminuiu, mas os juros do crediário nem tanto. De acordo com os empreendedores das fintechs, muitos deles com passagem por bancos tradicionais, as grandes instituições financeiras possuem pouca disposição, por exemplo, para distinguir os diferentes níveis de risco. Assim, os bons clientes pagam pelos ruins. Além disso, a estrutura de custos dos bancões inclui diversas agências e funcionários, o que não ocorre com seus pares digitais.

O tamanho e o apetite pelo risco fazem com que as fintechs sejam também mais ágeis em lançar produtos. O GuiaBolso, por exemplo, é um aplicativo que identifica e classifica todas as despesas do usuário. Mais de 3 milhões de pessoas fizeram download do programa. Ele usa os dados das contas bancárias para indicar formas de diminuição de custos. "As pessoas superestimam a própria renda em 8%, em média. Percebemos que essa é uma das razões para que 35% dos usuários estejam no cheque especial ou no rotativo do cartão de crédito, quando não nos dois", explica Thiago Alvarez, sócio do GuiaBolso. Para ajudar os clientes a encontrar linhas de crédito mais baratas, 0 aplicativo compara taxas de financiamento em alguns bancos. Por enquanto, nenhuma grande instituição aceitou compartilhar dados, então 0 cotejo ocorre entre bancos pequenos e médios. Mesmo assim, os juros costumam ser menores do que as médias do mercado. "Como possuímos um histórico da conta-corrente do cliente, os bancos têm mais capacidade de avaliar 0 risco", diz Alvarez. O GuiaBolso e 0 Nubank foram as únicas empresas brasileiras na lista das fintechs mais inovadoras do mundo, segundo a consultoria KPMG.

Embora esses serviços ainda sejam pequenos, eles crescem rápido e vêm provocando muitas mudanças no setor financeiro. "A Caixa e o Banco do Brasil passaram a investir nos serviços on-line, e isso é efeito direto da concorrência com outros aplicativos", afirma Gallina, da Fitch. Ao mesmo tempo, competidores antigos, como o Original, agora tentam reinventar-se como empresas digitais. Para o Banco Central, a mudança é bem-vinda. Diz Otávio Ribeiro Damaso, diretor de regulação do BC: "Foi criado um grupo de trabalho para acompanhar especi-Ficamente os novos modelos de negócios. Mas temos uma visão positiva do processo de inovação nos serviços financeiros. Entendemos que seja um processo inevitável, porque aumenta a eficiência do sistema".

A briga pela preferência do consumidor promete ser boa - e intensa. Já houve até caso de banco tentando barrar na Justiça a troca de dados com as fintechs, mesmo quando era do interesse do cliente. Por isso, regras favoráveis à competição são essenciais. Um exemplo bem-sucedido ocorreu no mercado de cartões. Até recentemente, apenas duas empresas, a Rede e a Cielo, tinham acordos para aceitar as bandeiras Visa e MasterCard, as duas mais usadas pelos brasileiros. Em 2010, houve uma abertura e surgiram novas empresas, como a Stone, uma fintech que comprou a Elavon do Citibank no ano passado. O aumento no número de competidores trouxe benefícios para os comerciantes. Afirma Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank: "A experiência mostra que a concorrência é a questão mais importante para que instituições financeiras ofereçam mais por menos". E quem ganha com isso, claro, são os clientes. 

Os bancos tradicionais já perceberam o risco que correm.

@tecnologia @finanças