quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Parque Nacional da Serra da Capivara


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Tragédia com barragem da Vale em Brumadinho pode ser a pior no mundo em 3 décadas




Nathalia Passarinho
Da BBC News Brasil em Londres
29 janeiro 2019


Direito de imagemANTONIO LACERDA/EPA Image caption
Segundo relatório da ONU, a pior tragédia por rompimento de barragem dos últimos 35 anos foi na Itália, em 1985, quando 267 pessoas morreram. Em Brumadinho, número de mortos alcançou 60 e há mais de 300 desaparecidos

Com o número cada vez maior de mortes confirmadas em Brumadinho (MG), o Brasil pode vir a se tornar a sede da pior tragédia humana provocada por rompimento de barragens de minério das últimas três décadas.

Relatório da Agência de Meio Ambiente das Nações Unidas registrou os maiores rompimentos de barragens ocorridos desde 1985. Só nos últimos 5 anos, ocorreram oito grandes acidentes pelo mundo.

O Brasil, lamentavelmente, tem destaque nessa lista por ser o país com o maior número. Foram três acidentes com perda humana ou grave dano ambiental de 2014 para cá: rompimento de uma barragem da Herculano Mineração, em Itabirito (MG), em 2014, com três mortes; o vazamento na barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015, com 19 mortes; e, agora, a tragédia com grande perda de vidas, em Brumadinho.

Brumadinho: 'Desastre deve ser investigado como crime', diz ONU
As histórias de alguns dos mais de 300 desaparecidos após trágedia em MG
Segundo o relatório da ONU, publicado no ano passado, o evento mais trágico envolvendo barragens de minério nos últimos 34 anos foi em 1985, no norte da Itália. Na hora do almoço, 180 mil metros cúbicos de lama da barragem administrada pela Prealpi Mineraria varreram as cidades de Stava e Tesero, matando 267 pessoas, entre as quais famílias inteiras.

Em Stava, um memorial com uma estátua de bronze foi erguido em homenagem às vítimas. A escultura retrata a cena dramática vista pelas equipes de resgates: dezenas de homens, mulheres e crianças foram encontrados mortos, envoltos em lama, com as mãos erguidas na frente do rosto, numa última tentativa de se proteger.


Direito de imagemREPRODUÇÃO/ONU Image caption
Evento mais trágico envolvendo barragens de minério nos últimos 35 anos foi em 1985, no norte da Itália
"Eles não tiveram chance de escapar quando o tsunami de lama desceu o vale, na hora do almoço, num dia ensolarado de julho", descreve o relatório das Nações Unidas.

Agora, o rompimento da barragem em Brumadinho caminha para superar a tragédia da Itália em perdas humanas. Foram encontrados, até o momento, 65 corpos e pelo menos 279 pessoas continuam desaparecidas.

"A tragédia em Brumadinho estará, certamente, no topo dos maiores desastres com rompimento de barragem de minério do mundo. Infelizmente, é possível que ultrapasse Stava, que foi a maior tragédia do tipo nos últimos 34 anos", afirmou à BBC News Brasil o geólogo Alex Cardoso Bastos, um dos autores do relatório da ONU sobre barragem de minério.

'Top 1 e 2' do mundo em desastre
Se o rompimento em Brumadinho pode se tornar o pior das últimas décadas em número de mortos, o da barragem da Samarco - uma joint-venture entre a Vale S.A. e a anglo-australiana BHP Billiton - na região de Mariana (MG), em 2015, é o mais grave desastre ambiental da história provocado por vazamento de minério.

O mar de lama causou destruição à vida marinha no Rio Doce, afetando drasticamente a vida da população local.

"O aniquilamento dos ecossistemas de água potável, vida marinha e mata ciliar eliminou recursos naturais insubstituíveis para a vida ribeirinha, para pesca, a agricultura e o turismo", diz trecho do relatório da ONU, intitulado Mine Tailing Storage: Safety is no Accident.

Segundo Alex Bastos, que também é professor de Geologia da Universidade Federal do Espírito Santo, as Nações Unidas utilizam um sistema de classificação de gravidade de desastres que leva em conta volume de rejeitos espalhados, tamanho da área afetada e número de mortos.

É considerado um "desastre de alta gravidade" um rompimento de barragem que provoque vazamento de mais de 1 milhão de metros cúbicos, afetando uma área de pelo menos 20 km, e causando cerca de 20 mortes.
Direito de imagemREUTERS Image caption
'A tragédia em Brumadinho estará, certamente, no topo dos maiores desastres com rompimento de barragem de minério do mundo. Infelizmente, é possível que ultrapasse Stava que foi a maior tragédia do tipo nos últimos 34 anos', diz Alex Souza, um dos autores do relatório da ONU
A barragem de Fundão, em Mariana, gerou um vazamento de mais de 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos, que percorreram mais de 600 km. E 19 pessoas morreram.

Já o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, espalhou 12 milhões de metros cúbicos por mais de 46 km. O número confirmado de mortos já chega a 65 e o de desaparecidos, a 279.

"O de Mariana não é o pior em termos de fatalidade, mas em volume e distância percorrida, é o maior desastre ambiental por rompimento de barragem. E o de Brumadinho deve ser o maior desastre em termos de tragédia humana das últimas décadas", afirma Alex Bastos, que integra o comitê da ONU sobre barragens de minério.

"Ou seja, esses dois casos estão no top 1 e 2 do mundo em termos de gravidade. Infelizmente, os dois maiores rompimentos de barragem do mundo serão no Brasil. Aliás, no Estado de Minas Gerais, a menos de 150 km um do outro", lamenta.

O barato que sai caro
Atualmente, o Brasil tem 430 barragens de minério, segundo relatório da Agência Nacional de Águas (ANA). Tanto a barragem de Brumadinho quanto a de Mariana são to tipo "à montante", feitas com os próprios rejeitos.

Neste caso, os detritos minerais, rochas e terras escavadas durante a mineração - e descartados por não terem valor comercial - são depositados em camadas num vale, formando a barragem.

Esse tipo de "lixão de minério" é mais barato para as empresas. Mas é, também, o que oferece mais riscos.


Direito de imagemWASHINGTON ALVES/REUTERS Image caption
Barragens do tipo "a montante" são mais baratas, mas também mais perigosas - é o caso das barragens da Vale em Brumadinho e em Mariana
"Quando a gente imagina uma barragem, tende a pensar num muro de concreto. Mas essas não são feitas com concreto, são feitas com a compactação do próprio rejeito. Isso faz com que a manutenção e monitoramento sejam muito mais importantes, porque essas barragens podem sofrer erosão por fora", diz Alex Bastos.

"Os rejeitos precisam ficar secos e consolidados, por isso é importante haver um sistema eficiente de drenagem. Em Mariana, a base da barragem começou a solapar, perder estabilidade, e rompeu."

Uma alternativa mais segura a esse tipo de barragem é a armazenagem a seco de rejeitos minerais. Mas a técnica é mais custosa.

"O benefício é que os rejeitos não ficam confinados em barragens que podem romper. Mas o custo para secar os rejeitos e armazená-los em silos é muito mais alto", diz Bastos.

Os erros mais comuns
O relatório das Nações Unidas elenca as principais causas de rompimentos de barragens. O documento afirma que chuvas fortes e prolongadas, furacões e abalos sísmicos podem provocar rupturas ou transbordamentos.

Mas, mesmo nesses casos, a ONU considera que houve erro humano, já que o planejamento de risco para manutenção e construção da barragem deve levar em conta as condições climáticas do local.

No caso da barragem de Mariana, as investigações concluíram que houve falhas na construção da barragem, na manutenção e no monitoramento.

"A conclusão do estudo é que existem dois motivos causadores de rompimentos: erro na análise de risco e negligência na manutenção da barragem", resume Alex Bastos.


Direito de imagemWASHINGTON ALVES/REUTERS Image caption
'Muitas dessas barragens foram crescendo, aumentando de tamanho e isso não seguiu o planejamento inicial da barragem. É como se você fosse fazendo puxadinhos em vez de consertar e refazer o projeto', critica Alex Bastos

"Ou seja, se teve uma chuva torrencial que causou transbordamento da barragem, houve aí um erro na análise de risco. Se a região está sujeita a uma chuva assim, a estrutura da barragem deveria ser outra. A análise de risco tem que ser precisa", afirma.

Um problema recorrente mencionado no relatório da ONU é o fato de barragens originalmente construídas para armazenar determinado volume serem modificadas ao longo do tempo para guardar quantidades adicionais de rejeitos.

Nesses casos, nem sempre é feita uma reestruturação adequada para garantir que a estrutura seja capaz de suportar o material descartado das minas.

"Muitas dessas barragens foram crescendo, aumentando de tamanho, e isso não seguiu o planejamento inicial da barragem. É como se você fosse fazendo puxadinhos em vez de consertar e refazer o projeto", critica Bastos.

A barragem que rompeu em Brumadinho foi construída em 1976 e tinha volume de 12 milhões de metros cúbicos. Ela estava desativada desde 2015, ou seja, não recebia rejeitos desde então.

Em 2018, a Vale recebeu licenciamento para reutilizar parte do rejeito e depois ser "descomissionada"- passar por uma extensa obra para deixar de ser barragem, se tornando, por exemplo, um morro.

Por que Brasil é campeão em acidentes graves
O Brasil é o país que teve, nos últimos dez anos, o maior número de casos graves de rompimento de barragens de mineração, conforme o relatório da ONU. Outras nações que também tiveram casos recentes de vazamento de minério são China, Estados Unidos, Israel, Canadá e México.

Por um lado, é importante considerar que o Brasil é o segundo maior exportador de minério, atrás apenas da Austrália. Tem mais minas, portanto, estatisticamente a possibilidade de acidentes é maior.

Por outro lado, segundo a ONU, muitos desses acidentes poderiam ser evitados se as empresas investissem em sistemas mais seguros de armazenamento de rejeitos ou em manutenção eficaz.

O relatório das Nações Unidas aponta que já existem protocolos de segurança e tecnologias alternativas suficientes para evitar acidentes com rejeitos minerais.


Direito de imagemEPA/ANTONIO LACERDA Image caption
ONU recomenda que empresas de mineração não façam opções de segurança considerando custos. 'Segurança deve ser prioridade e custo não pode ser fator determinante', diz relatório das Nações Unidas

O problema, ressalta a ONU, é que as empresas, ao investirem em barragens "à montante", avaliam segurança em conjunto com custo. E, não raro, optam por procedimentos mais baratos, porém menos seguros.

"É preciso que as empresas coloquem segurança em primeiro lugar, priorizando a proteção ambiental e humana. As agências reguladoras, as indústrias e as comunidades devem adotar um objetivo de falha-zero no armazenamento de rejeitos", diz o relatório das Nações Unidas.

Para isso, a recomendação é que "questões de segurança sejam avaliadas separadamente de considerações econômicas". "Custo não pode ser um fator determinante."

Na noite de sábado, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que o governo pretende realizar vistorias em todas as barragens do país que "ofereçam maior risco".

"É importante e urgente que aquelas barragens, no Brasil inteiro, que ofereçam maior risco sejam submetidas a uma nova vistoria, para que nós possamos nos antecipar, na medida do possível, a novos desastres", declarou.

Segundo Relatório de Segurança da Agência Nacional de Águas, 45 barragens apresentam alto risco atualmente no país. A barragem da Vale em Brumadinho era classificada como de "baixo risco" e "alto potencial de danos".

Só a segunda avaliação se confirmou.

Outros casos graves pelo mundo
O relatório das Nações Unidas afirma que, nas últimas três décadas, o número de falhas em barragens diminuiu, mas os casos de rompimento foram mais graves.

Entre os piores desastres ambientais, depois de Mariana, está o rompimento da barragem da mina de ouro Mount Polly, em British Columbia, no Canadá, em 2014.

A barragem se rompeu liberando 25 milhões de metros cúbicos de rejeitos. O acidente ocorreu numa área pouco populosa, portanto, não houve mortes. Mas a destruição da fauna e flora locais foi grave.


Direito de imagemREUTERS/FUNAI Image caption
No Brasil, indígenas Pataxo da tribo Ha-ha-hae se preocupam com a chegada de rejeitos no rio Paraopeba. No Canadá, rompimento de barragem afetou população indígena de British Columbia

O acidente no Canadá pode ser considerado um caso típico da prática do "puxadinho" mencionado por Alex Bastos. Segundo o relatório das Nações Unidas, a barragem aumentou nove andares de tamanho após entrar em operação, alcançando 40 metros de altura, além do que previa o projeto original. Pouco antes de romper, a mina ainda tentava conseguir aprovação para aumentar mais um andar.

O mar de lama invadiu uma área de preservação ambiental e o lago Quesnel, um dos mais profundos lagos glaciais do mundo, e importante fonte de subsistência para a população indígena da região, que costumava pescar lá.

O lago possuia uma grande quantidade de salmões, trutas e outras espécies de peixe. As investigações revelaram falhas no projeto da barragem, que não levou em consideração características geológicas da região.

Também foram encontrados erros nas avaliações de risco e nos relatórios de inspeção, que não levaram em conta as possibilidades de erosão e transbordamento. O Ministério de Minas e Energia também foi responsabilizado por falhar na fiscalização.

Filipinas
Outro desastre ambiental com consequências sérias para a população ribeirinha foi o colapso de uma barragem da Marcopper Mining Corporation, no Monte Tapian, nas Filipinas.

Rejeitos da mina de ouro foram acumulados num poço de concreto. Após quatro anos da prática, em 1996, um dos túneis do poço cedeu, liberando até 4 milhões de toneladas de metal no rio Boac e matando o seu ecossistema.

"Esse foi um dos mais catastróficos desastres com mina da história", diz o relatório da ONU. Mais uma vez erros no manuseio da barragem, na manutenção e no projeto de avaliação de risco foram citados como causa do desastre.

'Pior desastre ambiental na Europa desde Chernobyl'
Na Europa, o pior desastre causado por rompimento de mina foi na Romênia, no ano 2000. Metais pesados da mina de ouro Baia Mare, no condado de Maramures, invadiram o rio Tisza, um dos maiores afluentes do rio Danúbio.

"De 50 a 100 toneladas de cianeto e cobre foram liberados, fazendo desse acidente o pior desastre ambiental desde Chernobyl", diz o relatório das Nações Unidas, em referência ao acidente nuclear ocorrido em 1986, na Ucrânia.

De acordo com a ONU, os rejeitos passaram da Romênia para Hungria, Sérvia e Bulgária até chegar ao Mar Negro, matando mais de 1.240 toneladas de peixes.

"A falha foi causada por uma combinação de erros no projeto de construção, falhas na avaliação das condições de operação e fortes chuvas e nevascas que resultaram no transbordamento", diz o documento das Nações Unidas.



https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47034499

@ECOLOGIA

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Vídeo: Super Montanha russa

Inaugurada em Orlando a incrível Montanha Russa Skyscraper, projetada para ser a montanha-russa mais alta do mundo. É um projeto totalmente inovador e diferente de todos os que existem. O carrinho cai de uma altura de 500 pés, que equivale a um prédio de 55 andares, e é lançado para baixo formando círculos. A Skyscrapper tem capacidade para divertir mil passageiros por hora e faz parte de um complexo de entretenimento chamado Skyplex.
@fun

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Índice Global de Competitividade por Talentos de 2019



Cultivar talentos empreendedores é essencial para a competividade de nações e cidades
Por PRNewswire access_time 21 jan 2019, 12h30
DAVOS, Suíça, 21 de janeiro de 2019 /PRNewswire/ —

Revista Exame

Talento empreendedor se tornou um diferenciador-chave na competição relativa por talentos
Talentos ainda são atraídos para pequenas economias de alta renda e para os Estados Unidos
Washington, DC, é a primeira colocada no ranking de cidades
Análises de cinco anos mostram que a lacuna de atração de talentos está se ampliando entre economias desiguais
O relatório do Índice Global de Competitividade por Talentos (GTCI – Global Talent Competitiveness Index) de 2019 revela que a Suíça, Cingapura e Estados Unidos continuam a liderar o mundo em competitividade por talentos, enquanto países da Ásia, América Latina e África observam uma erosão progressiva de sua base de talentos. O relatório confirma que questões sobre talentos se tornaram uma preocupação generalizada para empresas, nações e cidades, porque o desempenho de talentos é visto como um fator fundamental para crescimento e prosperidade.

O relatório deste ano tem um foco especial em talentos empreendedores – como estão sendo encorajados, cultivados e desenvolvidos no mundo e como isso afeta a competitividade relativa de economias diferentes. Novos métodos estão surgindo para estimular talentos empreendedores e intraempreendedores, bem como empregados preparados para o futuro – por exemplo, os esforços para desenvolver inovação de baixo para cima e para empoderar empregados. Tal progresso é especialmente verdadeiro nas cidades em que ecossistemas de “cidades inteligentes” estão agindo, progressivamente, como chamariz de talentos. O relatório mostra ainda:

Os países e cidades em posições mais altas no ranking tendem a ser os mais abertos a talentos empreendedores;
Digitalização e globalização estão expandindo o papel dos talentos empreendedores.
O relatório também revela que as cidades, mais do que os países, estão exercendo papéis mais fortes como centros de talentos e que será necessário remodelar o cenário global de talentos. A importância crescente das cidades se deve à maior flexibilidade e capacidade de se adaptar a novas tendências e padrões. Como unidades econômicas ágeis, onde as políticas podem ser mudadas mais rapidamente, as cidades são, portanto, mais atraentes para os talentos – especialmente para os talentos empreendedores.

A cidade mais bem posicionada no ranking deste ano é Washington, DC, seguida por Copenhague, Oslo, Viena e Zurique. A posição de Washington pode ser atribuída a seu forte desempenho em quatro dos cinco pilares medidos na pesquisa – ou seja, nos pilares de “ser global”, “atrair”, “crescer” e “capacitar”. Sua economia estável, população dinâmica, infraestrutura e conectividade excepcionais, força de trabalho altamente capacitada e educação de classe mundial são todas características que contribuem para tornar a cidade um grande centro de talentos.

A visão de longo alcance

Pela primeira vez, o GTCI de 2019 fornece uma análise longitudinal sobre a competitividade por talentos, com base nos resultados de todas as edições do GTCI desde 2013. A principal conclusão foi a de que a lacuna que separa os países mais competitivos por talentos do resto da comunidade global está aumentando. A competitividade por talentos está se fortalecendo em grupos de países onde já é comparativamente alta e enfraquecendo nos países onde já é relativamente baixa.

O diretor-executivo de Índices Globais da INSEAD, Bruno Lanvin, que foi coeditor do relatório, declarou: “Apenas dois países não europeus estão entre os dez países mais bem classificados no ranking: Cingapura e EUA. Isso significa que a Europa continua sendo uma potência em talentos e também que países com grandes universidades e um setor educacional forte estão mais bem posicionados para atrair talentos. Como talentos de alto nível circulam mais internacionalmente, nenhuma vantagem comparativa pode ser vista como irreversível e esses países devem permanecer abertos e inovadores para manter suas lideranças”.

O professor adjunto de estratégia da INSEAD, diretor acadêmico e coeditor do relatório, Felipe Monteiro, declarou: “Empreendedorismo parece ser um talento decisivo para alcançar o sucesso. Todos os tipos de organizações têm de atrair e aprimorar talentos empreendedores, em uma era em que os ecossistemas em todo o mundo estão em processo de grande remodelação pela transformação digital”.

O presidente-executivo do Grupo Adecco, Alain Dehaze, disse: “Como o mundo do trabalho muda rapidamente, há o perigo de que, se os países e cidades não tiverem as condições certas para atrair talentos, as pessoas e as empresas se mudem para outro lugar, em busca de melhores oportunidades. Os resultados do relatório do GTCI deste ano trazem mais evidências sobre como os talentos empreendedores estão sendo vistos progressivamente como uma forma de operar com sucesso em um mundo em fluxo constante. Cultivar talentos é uma parte vital da criação do ambiente certo para eles florescerem e plantar as sementes para o sucesso no futuro”.

O presidente-executivo da Tata Communications, Vinod Kumar, explicou: “O conceito de abertura é fundamental para os talentos empreendedores e a cultura empresarial exerce um papel essencial nesse caso. Empresas e cidades precisam trabalhar juntas para cultivar culturas de intraempreendedorismo e uma mentalidade de aprendizado contínuo acima de tudo o mais, porque o fator humano é essencial para o sucesso da transformação digital. Isso irá ajudar a liberar o potencial positivo que a tecnologia traz – especialmente em um mundo onde os humanos e as máquinas trabalham lado a lado e tipos diferentes de colaboração e criação de ideias emergem”.

O relatório do GTCI de 2019, publicado hoje pela INSEAD, a Escola de Negócios para o Mundo, em parceria com o Grupo Adecco e a Tata Communications, é um parâmetro comparativo (benchmarking) anual abrangente, que mede como os países e cidades aumentam, atraem e retêm talentos, fornecendo um recurso único para os tomadores de decisão entenderem o quadro da competitividade global por talentos e desenvolverem estratégias para impulsionar a competitividade.

O relatório mede os níveis da Competitividade Global por Talentos com base em 68 variáveis. O índice de 2019 cobre 125 economias nacionais e 114 cidades (respectivamente, 119 e 90 em 2018), em todos os grupos de renda e níveis de desenvolvimento.

20 melhores no ranking de 2019 – países

A sexta edição mostra que a Suíça continua a liderar o Índice Global de Competitividade por Talentos, enquanto Cingapura e Estados Unidos vêm em segundo de terceiro lugares, respectivamente, como foi em 2018. Os três primeiros são seguidos por países escandinavos: Noruega (4o), Dinamarca (5o), Finlândia (6o) e Suécia (7o). Iêmen foi o último colocado, no 125o lugar, atrás do Congo (124o) e Burundi (123o).

Como nos anos anteriores, as classificações mais altas estão associadas a níveis de renda mais altos. Políticas e práticas que produzem competitividade por talentos em países mais desenvolvidos são menos sensíveis a flutuações políticas e socioeconômicas. Economias de alta renda têm estabilidade para investir em ensino permanente, reforçando qualificações, atraindo e retendo talentos globais.

CLASSIFICAÇÃO
 PAÍS
PONTUAÇÃO
1
Suíça
81,82
2
Cingapura
77,27
3
EUA
76,64
4
Noruega
74,67
5
Dinamarca   
73,85
6
Finlândia  
73,78
7
Suécia   
73,53
8
Holanda
73,02
9
Reino Unido   
71,44
10
Luxemburgo  
71,18
11
Nova Zelândia  
71,12
12
Austrália  
71,08
13
Islândia   
71,03
14
Alemanha   
70,72
15
Canadá 
70,43
16
Irlanda 
70,15
17
Bélgica 
68,48
18
Áustria 
68,31
19
Emirados Árabes Unidos
65,90
20
Israel
63,26

10 melhores no ranking de 2019 – cidades

As principais cidades têm melhor desempenho nos cinco pilares do espectro de talentos. A cidade em primeiro lugar, Washington, DC, exemplifica isso, estando entre as 10 melhores em três das cinco dimensões. Os papéis progressivamente centrais das cidades como centros de talentos empreendedores também realçam a importância de desenvolver ecossistemas fortes e vibrantes, especialmente em torno da inovação.



CLASSIFICAÇÃO
CIDADE
PONTUAÇÃO
1
Washington, DC (EUA)
69,2
2
Copenhague (Dinamarca)
68,0
3
Oslo (Noruega)
66,1
4
Viena (Áustria)
65,7
5
Zurique (Suíça)
65,5
6
Boston (EUA)
65,4
7
Helsinque (Finlândia)
65,0
8
Nova York (EUA)
64,6
9
Paris (França)
63,5
10
Seul (Coreia do Sul)
62,7

Para obter mais informações:
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Assista o evento de lançamento ao vivo no Facebook à 15h (horário central europeu), em 21 de janeiro de 2019 (segunda-feira): https://www.facebook.com/theadeccogroup/videos/716518675400145/

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Tata Communications
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INSEAD 
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Sobre a INSEAD, a Escola de Negócios para o Mundo

Como uma das principais e maiores escolas de pós-graduação em negócios do mundo, a INSEAD reúne pessoas, culturas e ideias para formar líderes responsáveis, que transformam os negócios e a sociedade. A perspectiva global e a diversidade cultural se refletem em todos os aspectos de suas pesquisas e ensino.

Com câmpus na Europa (França), Ásia (Cingapura) e Oriente Médio (Abu Dhabi), o ensino e pesquisa de negócios da INSEAD se espalha por três continentes. Os 154 membros do corpo docente da escola, de 40 países, inspiram mais de 1.400 estudantes anualmente, em seus cursos de MBA (mestrado em administração de empresas), MBA executivo, mestre executivo em finanças, mestre executivo em mudanças e PhD (doutorado). Além disso, mais de 11.000 executivos participam dos programas de ensino executivo da INSEAD todos os anos.

Além dos cursos da INSEAD em seus três câmpus, a INSEAD participa de parcerias acadêmicas com a Wharton School da Universidade da Pensilvânia (Filadélfia e São Francisco), a Kellogg School of Management da Universidade Northwestern, próxima de Chicago, a Universidade Johns Hopkins/SAIS em Washington DC, a Teachers College da Universidade de Colúmbia em Nova York e a MIT Sloan School of Management em Cambridge, Massachusetts. Na Ásia, a INSEAD faz parceria com a School of Economics and Management da Universidade Tsinghua em Pequim e com a China Europe International Business School (CEIBS) em Xangai. A INSEAD é membro-fundadora da multidisciplinar Universidade de Sorbonne, criada em 2012, e ainda faz parceria com a Fundação Dom Cabral no Brasil.

A INSEAD foi pioneira em ensino internacional de negócios, com a formação da primeira classe de MBA no câmpus de Fontainebleau na Europa, em 1960. Em 2000, a INSEAD abriu seu câmpus na Ásia, em Cingapura. Em 2007, a escola inaugurou o Centro de Pesquisa e Educação Executiva nos Emirados Árabes Unidos e abriu, oficialmente, o câmpus do Oriente Médio em Abu Dhabi, em 2010.

Em todo o mundo e durante décadas, a INSEAD continua a conduzir pesquisas de vanguarda e a inovar em todos os seus programas, para fornecer a líderes empresariais o conhecimento e a sensibilidade para operar em qualquer lugar. Esses valores essenciais habilitaram a INSEAD a se tornar realmente “A Escola de Negócios para o Mundo”.

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Sobre o Grupo Adecco

O Grupo Adecco é o principal parceiro de soluções de RH do mundo. A empresa ajuda mais de 700.000 pessoas a conseguir emprego permanente e flexível todos os anos. Com mais de 34.000 empregados, em 60 países, ela transforma o mundo do trabalho, um emprego por vez. Seus empregados servem mais de 100.000 organizações com talentos, serviços de RH e tecnologia de vanguarda, recursos que precisam para fazer sucesso em uma economia global em constantes mudanças. Como empresa listada na Fortune Global 500, lidera por exemplo, criando valores compartilhados que atendem as necessidades sociais e promovem inovações empresariais. Sua cultura de inclusividade, justiça e trabalho de equipe capacita indivíduos e organizações, alimenta economias e constrói sociedades melhores. Esses valores ressoam em seus empregados, que classificaram a empresa, por votação, em 5o lugar na lista de 2018 do Great Place to Work®-World’s Best Workplaces (Grande lugar para trabalhar-Melhores locais de trabalho do mundo). A empresa produz o trabalho do futuro para todos. O Grupo Adecco é sediado em Zurique, Suíça. A Adecco Group AG é registrada na Suíça (ISIN: CH0012138605) e listada na bolsa SIX Swiss Exchange (ADEN). O grupo é formado por nove marcas globais: Adecco, Adia, Modis, Badenoch & Clark, General Assembly, Lee Hecht Harrison, Pontoon, Spring Professional e YOSS.

http://www.adeccogroup.com 

Sobre a Tata Communications

A Tata Communications é uma provedora líder mundial de mercado de infraestrutura digital, que capacita a economia digital, em rápido crescimento, de hoje.

Os clientes da empresa incluem 300 organizações listadas na Fortune 500, cujas jornadas de transformação digital são habilitadas por seu portfólio de serviços gerenciados integrados globalmente, que disponibilizam experiências a clientes locais. Através de sua rede, nuvem, mobilidade, Internet das Coisas (IoT), colaboração e serviços de segurança, a Tata Communications mantém cerca de 30% das rotas de internet do mundo e conecta negócios para 60% dos gigantes de nuvem do mundo e quatro em cada cinco assinantes de comunicações móveis.

Os recursos da empresa são sustentados por sua rede global. É o maior backbone de fibra submarina de propriedade integral do mundo e uma rede de IP de Tier 1, com conectividade com mais de 240 países e territórios.

A Tata Communications Limited é listada na Bolsa de Valores de Bombaim e na Bolsa de Valores Nacional da Índia, e está presente em mais de 200 países e territórios.

http://www.tatacommunications.com 

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FONTE Global Talent Competitiveness Index (GTCI)

@economia @competitividade

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Estado de São Paulo em Davos


Vídeo apresentado na Suíça na cidade de Davos pela Comitiva oficial do Brasil liderada pelo Presidente e com o único Governador convidado, João Doria, integrante oficial da Comitiva.

@economia