sexta-feira, 19 de maio de 2017

Vídeo: Top 10 simulações no Futebol


@humor @futebol

Charles Spencer Chaplin, Suas 4 Declarações:

Suas 4 Declarações:

(1) Nada é para sempre neste mundo, nem mesmo os nossos problemas.

(2) Eu gosto de andar na chuva, porque ninguém pode ver minhas lágrimas.

(3) O dia mais desperdiçado na vida é o dia em que não rimos.

(4) Os Seis Melhores Médicos do Mundo ....
1. Luz do sol,
2. Descanso,
3. Exercício,
4. Dieta,
5. Auto-estima
6. Amigos.

Mantenha-os em todas as fases da sua vida e você vai desfrutar de uma vida saudável ...

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Vídeo: Beber faz bem à saúde? (Drauzio Varella)

@medicina @longevidade

Como Kenneth Arrow revolucionou a teoria econômica (Marcos Lisboa, FSP)

Como o Nobel Kenneth Arrow revolucionou a teoria econômica


RESUMO Num sobrevoo por mais de 200 anos de teoria, autor explica a importância de Kenneth Arrow, que recebeu os prêmios mais relevantes de sua área, incluindo o Nobel, e morreu em fevereiro. Argumenta que ninguém contribuiu tanto quanto ele para a transformação profunda por que passou a economia em meados do século 20.




Ilustração de Veridiana Scarpelli
A economia passou por uma revolução em meados do século passado. Até então, havia algumas propostas de teorias alternativas que, com pouco rigor, tratavam de problemas específicos. Os eventuais argumentos criativos conviviam com muitas análises imprecisas e inconsistentes.
Não havia uma linguagem comum e precisa que permitisse avaliar e comparar as diversas teorias, e o resultado eram debates intermináveis em que, por vezes, nem mesmo se sabiam exatamente quais eram os pontos de divergência.
Na década de 1950, foram consolidadas duas abordagens que se beneficiaram da interação com a matemática: a teoria do equilíbrio geral e a teoria dos jogos.
Ambas compartilhavam o mesmo instrumental analítico, com argumentos precisos que permitiam identificar as eventuais divergências, e estimularam a troca de ideias e o desenvolvimento de modelos concorrentes para tratar os diversos problemas da economia.
Nenhum economista contribuiu tanto para essa transformação quanto Kenneth Arrow (1921-2017).
Arrow recebeu a medalha J.B. Clark, concedida ao melhor economista nos Estados Unidos com menos de 40 anos, o Nobel de Economia aos 51 anos –o mais jovem até agora– e o prêmio Von Neumann, por seus trabalhos em pesquisa operacional. Quatro de seus orientandos de doutorado receberam o Nobel e outros quatro laureados destacaram a sua influência.
Este artigo sistematiza algumas das contribuições de Arrow. Antes, porém, conta um pouco da história da teoria econômica.
ANTECEDENTES

A Riqueza das Nações de Adam Smith(Karen McCreadie)

Uma economia de mercado se caracteriza pelas decisões descentralizadas realizadas por trabalhadores e produtores independentes, cada um buscando satisfazer o seu interesse individual. Como constatou Adam Smith (1723-1790) em "A Riqueza das Nações":
"Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas das considerações que eles têm pelos próprios interesses".
Smith propôs que as regras de uma economia de mercado induzem os produtores a atender às necessidades dos consumidores da forma mais eficiente possível.
No século 19, ocorreram avanços importantes na economia, como a teoria das vantagens comparativas, de David Ricardo (1772-1823), a análise da concorrência e o seu estímulo aos ganhos de produtividade, proposta por Karl Marx (1818-1883), e o exame da concorrência entre duas firmas, de Antoine Cournot (1801-1877). Nem tudo, porém, era boa notícia.
Por quase 200 anos, a análise dos preços relativos das mercadorias foi um dos temas mais constrangedores na história da economia. Havia uma intuição correta, mas seguida de argumentos equivocados.
A intuição correta era o princípio da não arbitragem, proposto por Smith. As taxas de retorno das diversas atividades produtivas devem ser equivalentes caso não existam restrições à concorrência.
O primeiro equívoco decorria da sugestão de que os preços deveriam ser proporcionais à quantidade de trabalho utilizada na produção das mercadorias. Ocorre que não é possível satisfazer simultaneamente à teoria do valor trabalho e ao princípio da não arbitragem, como foi constatado por Ricardo e Marx.
No fim do século 19, Léon Walras (1834-1910) desenvolveu o modelo de equilíbrio geral, em que consumidores vendem seus ativos e sua força de trabalho, enquanto as empresas compram insumos para produzir os bens desejados. Os preços relativos deveriam igualar oferta e demanda nos diversos mercados.
Walras inaugurou uma abordagem que se revelou promissora, mas errou ao supor, como Ricardo e Marx, que os preços relativos das mercadorias deveriam ser os mesmos nos diversos períodos e circunstâncias. Afirmar que o aço utilizado nos altos-fornos tem o mesmo preço do aço que ainda será produzido não é compatível com a igualdade entre oferta e demanda. Seria o mesmo que propor que o preço do guarda-chuva seja o mesmo, faça sol ou faça chuva.
No começo do século 20, realizaram-se alguns trabalhos impressionantes, como o modelo de crescimento econômico de Frank Ramsey (1903-1930).
John Maynard Keynes (1883-1946), por sua vez, inventou a macroeconomia de curto prazo e mostrou que a produção e o emprego poderiam ser analisados com hipóteses simples sobre poucas variáveis, como consumo, investimento e taxa de juros.
Em um artigo sobre o livro de Keynes, John Hicks (1904-1989) sistematizou um modelo que simplificou o argumento e tornou mais exatas as suas implicações.
Ramsey e Keynes, na interpretação de Hicks, exemplificam o melhor da produção em economia no período: argumentos teóricos precisos para analisar temas específicos.

10.dez.1972/Associated Press



Kenneth Arrow recebe em Estocolmo, em 1972, aos 51 anos, o Nobel de Economia
LINGUAGEM
Ainda não havia, contudo, uma estrutura analítica unificada, uma linguagem comum que permitisse comparar os diversos argumentos. Tampouco existia a prática de testar empiricamente as diversas conjecturas –hábito que se disseminou somente na segunda metade do século 20.
A transformação da teoria econômica começou com dois livros.
Em 1939, Hicks publicou "Valor e Capital", que sistematizou uma abordagem para analisar como pessoas e firmas escolhem quanto consumir e produzir considerando os preços de mercado, além de sugerir problemas que seriam analisados pelos novos economistas.
Paul Samuelson (1915-2009), por sua vez, publicou "Fundamentos da Análise Econômica" em 1947. Em sua longa carreira, utilizou o instrumental da matemática para analisar diversas controvérsias e as consequências das hipóteses adotadas. Como sistematizou Robert Lucas: "Ele enfrentava esses incompreensíveis debates verbais que se seguiam sem fim e simplesmente os terminava; formulava o tema de uma forma que a pergunta pudesse ser respondida, e então obtinha a resposta".
A economia se beneficiou, igualmente, da pesquisa teórica realizada na Áustria do começo do século 20. Os círculos de Viena reuniam intelectuais para debater questões em aberto na física, na matemática, na filosofia e na economia.
John von Neumann (1903-1957) frequentava o grupo liderado por Karl Menger (1902-1985), que discutia os problemas da economia com duas abordagens distintas.
A teoria dos jogos examina a interação entre indivíduos com interesses diversos, em que o resultado para cada um depende do que espera que os demais escolham.
A teoria do equilíbrio geral trata da interação social quando as escolhas individuais são mediadas pelos preços de mercado.
A imensa maioria dos economistas até então se dava por satisfeita com argumentos verbais, no máximo utilizando um conjunto de equações para descrevê-los. Von Neumann apontou, corretamente, que isso não garantia que o problema analisado teria solução.
Entre os feitos de Von Neumann estão seus resultados no começo da teoria dos jogos e a demonstração de existência de solução para um modelo de crescimento econômico.
Nas décadas de 1930 e 1940, inúmeros sobreviventes do nazismo imigraram para universidades americanas e revolucionaram a pesquisa acadêmica.
Von Neumann foi para Princeton, onde, no fim dos anos 1940, estudava John Nash (1928-2015), que iniciou a mais bem-sucedida agenda de pesquisa em teoria dos jogos do século 20. A solução de Nash requer que as expectativas individuais sejam consistentes com as escolhas que podem ser realizadas pelos demais jogadores, ecoando a contribuição original de Cournot.
O resultado de Nash utiliza uma extensão do argumento demonstrado por Von Neumann em seu modelo de crescimento econômico.
KENNETH
Arrow estudou na Universidade de Columbia nos anos 1940. Seu primeiro trabalho profissional foi em meteorologia, campo que Von Neumann considerava "o mais complexo problema já concebido". A tentativa de aperfeiçoar a previsão do tempo motivou Von Neumann a contribuir para o desenvolvimento do computador moderno.
Abraham Wald (1902-1950) fez contribuições importantes em pesquisa operacional, inferência estatística e teoria da decisão. Ele também frequentara as reuniões em Viena organizadas por Menger, onde demonstrou uma solução parcial para o modelo de equilíbrio geral proposto por Walras.
Arrow foi aluno de Wald em Columbia e conhecia os trabalhos de Hicks e Nash. Abandonou a meteorologia e utilizou o resultado de Nash na teoria dos jogos para demonstrar a existência de preços relativos que garantem a igualdade entre oferta e demanda em todos os mercados em um modelo de equilíbrio geral.
Na mesma época, outro jovem economista tentava resolver o mesmo problema, Gérard Debreu (1921-2004). Tjalling Koopmans (1910-1985) propôs que trabalhassem em conjunto, o que foi apropriado, pois ambas as demonstrações tinham pequenos erros. Assim o fizeram, à moda antiga: pela troca de cartas. Só se conheceram pessoalmente depois de pronta a primeira versão do artigo que resolvia o problema proposto por Walras.
Lionel McKenzie (1919-2010), indevidamente pouco celebrado, também resolveu o problema de Walras, com outra abordagem, na mesma época.
Arrow e Debreu revelaram o equívoco de Walras. Os preços das mercadorias dependem das circunstâncias em que estão disponíveis, como sugerido por Hicks e depois destacado por Debreu em "Teoria do Valor".
Os primeiros economistas, como Ricardo e Marx, usaram a expressão "preços de equilíbrio" pois imaginavam que, na ausência de choques externos, os preços de mercado convergiriam para patamares estáveis.
Desde as contribuições de Arrow e Debreu nos anos 1950, "equilíbrio" se refere aos preços que compatibilizam as decisões de consumo e de produção. Esses preços, porém, não costumam ser estáveis.
Nos anos 1970, Debreu generalizou um resultado obtido por vários economistas: qualquer trajetória de preços e quantidades, incluindo as caóticas, é compatível com o modelo de equilíbrio geral. Debreu recebeu o Prêmio Nobel de 1983.
Arrow, por sua vez, expandiu o modelo de equilíbrio geral para incluir ativos financeiros e revolucionou a pesquisa em finanças.
BEM-ESTAR
Desde meados dos anos 1930, diversos economistas analisaram em que condições era verdadeira a conjectura de Adam Smith sobre a eficiência de uma economia de mercado. Esses resultados são conhecidos como teoremas do bem-estar social.
O primeiro teorema descreve condições para que a solução de mercado do modelo de equilíbrio geral seja eficiente, o que significa que não se pode beneficiar alguém sem prejudicar algum dos demais. O segundo demonstra que, em determinados casos, qualquer solução eficiente pode ser implementada pelo mercado.
Oskar Lange (1904-1965) e Harold Hotelling (1895-1973) contribuíram para esses teoremas.
Hotelling estudou estatística –área em que deixou contribuições importantes–, acolheu Wald em Columbia, produziu diversos resultados surpreendentes em economia e convenceu Arrow a deixar a matemática aplicada para estudar economia.
Lange era polonês e defendia o regime comunista da União Soviética. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial, tornou-se professor da Universidade de Chicago, já então uma escola liberal. A controvérsia sobre a política foi relevada pela qualidade de seu trabalho acadêmico. Ele argumentou que um planejador central poderia decidir o que produzir e os preços a serem cobrados de forma tão eficiente quanto a obtida em uma economia de mercado.
Friedrich Hayek (1899-1992) fez o contraponto. Os preços de mercado revelam informações inacessíveis a um planejador central, como a escassez relativa dos diversos bens, e resultam em decisões de produção mais eficientes às necessidades das famílias.
Leonid Hurwicz (1917-2008), que trabalhou com Arrow nos anos 50, mostrou em que condições a conjectura de Hayek era verdadeira.
Em 1951, Arrow demonstrou os teoremas do bem-estar utilizando poucas hipóteses. Essas demonstrações ainda hoje são utilizadas nos cursos de economia.
A conjectura de Adam Smith ganhou a sua versão mais geral, quase 200 anos depois.
Em muitas circunstâncias, porém, as condições necessárias para o primeiro teorema do bem-estar não são satisfeitas, o que resulta em soluções ineficientes.
Arrow e Hurwicz inauguraram a pesquisa sobre o desenho de mecanismos, que estuda a possibilidade de introduzir regras em uma economia descentralizada de modo a garantir que as escolhas individuais resultem em uma solução eficiente. Esses estudos se beneficiaram das contribuições de Eric Maskin e Roger Mayerson, orientandos de Arrow.
Hurwicz, Maskin e Mayerson receberam o Prêmio Nobel de 2007.
INCERTEZA
Arrow terminou seu doutorado no começo dos anos 1950. Seu tema de pesquisa decorria de um problema proposto por Hicks: como escolher o investimento de uma firma quando há diversos acionistas com interesses distintos?
Arrow ampliou o problema: existe uma regra de escolha social que satisfaça alguns requisitos de racionalidade?
Sua tese de doutorado revolucionou a economia e a ciência política. Talvez esteja entre os grandes resultados da impossibilidade do século 20, ao lado dos teoremas da incompletude, de Kurt Gödel (1906-1978), e do princípio da incerteza, de Werner Heisenberg (1901-1976).
Gödel expôs algumas limitações da matemática. Qualquer conjunto finito de hipóteses que permita derivar os resultados da aritmética é necessariamente incompleto, havendo resultados que não podem ser demonstrados nem certos nem errados.
Em carta a Von Neumann, Gödel expandiu esse resultado, mais tarde também demonstrado por Alfred Tarski (1901-1983), que foi professor de Arrow e convidou-o para revisar a tradução para o inglês do seu livro sobre lógica, publicado originalmente em alemão.
Os teoremas de Gödel e Tarski recuperam um velho paradoxo grego: tudo que está escrito nesta página é falso. O paradoxo sistematiza uma conclusão constrangedora da matemática. Deve-se ter cuidado ao afirmar algo sobre si mesmo. Como na frase que, se verdadeira, tem de ser falsa; se falsa, então é verdadeira.
O princípio da incerteza, por sua vez, trata das partículas pequenas e desafia a intuição.
Não se pode conhecer de forma simultânea a posição de uma partícula e o seu momento (sua massa multiplicada por sua velocidade). Quanto mais se sabe a respeito da posição, menos se sabe do momento, e vice-versa.
Os teoremas de Gödel e o princípio da incerteza de Heisenberg mostram que há limites ao que podemos saber, tanto na matemática como na física de partículas.
IMPOSSIBILIDADE
Coube a Arrow o terceiro grande resultado negativo do século 20.
Considere uma sociedade que precisa escolher entre pelo menos três possibilidades. Existe uma regra de escolha social que satisfaça alguns princípios de racionalidade, quaisquer que sejam as preferências dos indivíduos?
Em primeiro lugar, a regra deve permitir que sempre seja feita uma escolha (isto é, deve ser completa). Além disso, deve ser consistente. Ou seja, caso se opte por A em vez de B e por B em vez de C, então se deve preferir A a C. Também deve satisfazer o princípio de Pareto: se todos preferem A a B, então a escolha deve ser A, não B.
Em quarto lugar, a regra deve satisfazer o princípio da independência das alternativas irrelevantes: a escolha entre A e B depende apenas de como os indivíduos ordenam A e B, devendo ser desconsideradas as opiniões que tenham quanto às demais opções.
Por fim, a regra não deve refletir as escolhas de um único indivíduo.
Arrow demonstrou que não existe uma regra de escolha social que satisfaça simultaneamente a esses cinco princípios e que, em particular, seja consistente e completa ao mesmo tempo.
O resultado de Gödel e Tarski vale também para a escolha social, como mostrou Arrow.
As decisões por maioria simples, por exemplo, permitem escolher em todos os casos, mas, como quem já participou de reunião de condomínio sabe, as escolhas nem sempre são consistentes. Dependendo da ordem da votação, pode ganhar uma proposta ou outra.
Exigir maioria qualificada nem sempre permite a tomada de decisão, mas isso reduz a chance de inconsistência das decisões, como mostram Hervé Crès e Yves Balasko. Por isso, não surpreende que esse critério seja adotado nos temas mais relevantes no Congresso.
Arrow e Hicks dividiram o Nobel de Economia em 1972 por suas contribuições às teorias do equilíbrio geral e do bem-estar social.
John Harsanyi (1920-2000) provavelmente fez a contribuição mais criativa na agenda de pesquisa inaugurada por Arrow ao analisar a escolha social em uma sociedade em que ninguém sabe com quais características nascerá. Com isso, antecipou em uma década a discussão de John Rawls (1921-2002) sobre o véu da ignorância.
Alguns anos depois, Harsanyi foi orientado por Arrow em sua tese sobre a teoria dos jogos. Entre suas contribuições notáveis está a extensão do modelo de Nash para situações em que cada um dos participantes não conhece as caraterísticas dos demais.
Harsanyi recebeu o Prêmio Nobel de 1994 com John Nash e Reinhard Selten (1930-2016).
Depois, Amartya Sen destrinchou o teorema da impossibilidade de Arrow e usou a teoria da escolha social por ele inaugurada para analisar temas como a desigualdade e os critérios para definir injustiça. Sen recebeu o Nobel em 1998.
HÁ MAIS
Em meados dos anos 1950, Robert Solow inaugurou a agenda moderna de pesquisa em crescimento econômico. Sua abordagem foi depois generalizada por David Cass (1937-2008) e Koopmans, que aproximou Arrow e Debreu, resgatando a contribuição de Ramsey do começo do século.
Nos anos 60, Arrow elaborou um modelo de crescimento em que as empresas e as pessoas aprendem com o uso da tecnologia, aumentando a produtividade. Também mostrou que o investimento em novas tecnologias pode ser insuficiente em uma economia de mercado.
Duas décadas depois, a teoria do crescimento econômico foi reinaugurada por Paul Romer, essencialmente retomando as contribuições originais de Arrow.
A macroeconomia moderna combina a teoria do equilíbrio geral com programação dinâmica, técnica sistematizada por Richard Bellman (1920-1984), que cita os trabalhos precursores de Wald e de Arrow.
Em 1960, Ronald Coase (1910-2013) propôs que os mercados podiam resolver problemas em casos aparentemente difíceis, como um vizinho do andar de cima que ouve música alta ou uma firma que polui o rio como efeito colateral da sua produção, desde que fosse possível comercializar livremente os impactos dessas ações.
Arrow formulou a versão precisa desse argumento atualmente aceita entre os economistas. Coase ganhou o Nobel em 1991.
Nos anos seguintes, Arrow analisou as consequências da assimetria de informação sobre as soluções de mercado e iniciou a agenda de pesquisa talvez mais bem-sucedida do fim do século 20, influenciando diversas áreas, como economia do setor de saúde, finanças e a análise da política econômica. Essa agenda de pesquisa mostra, inclusive, a possibilidade de os preços de equilíbrio não garantirem a igualdade entre oferta e demanda em alguns mercados.
Michael Spence, orientando de Arrow, George Akerlof e Joseph Stiglitz receberam o Nobel de 2001 pelos seus trabalhos em modelos com assimetria de informação.
REMINISCÊNCIA
Arrow frequentava o seminário regular de teoria econômica que me cabia organizar como professor assistente da Universidade Stanford em meados dos anos 1990.
O velho senhor invariavelmente chegava atrasado, carregado de papéis e correspondências que recolhia no escaninho do departamento de economia. Vez ou outra, distraía a apresentação ao abrir cartas e folhear jornais.
Ocasionalmente, levantava os olhos para acompanhar o seminário e interrompia com a doçura e a humildade que lhe eram peculiares: "Parece-me que você quer demonstrar essa conclusão", afirmava, antecipando o resultado. "Pois bem, não vai dar certo", dizia, e apontava uma dificuldade inesperada pelos demais.
"Mas muito interessante o seu argumento. Caso você o reformule, há uma conclusão que pode ser útil." Prosseguia, com sua generosidade usual, atribuindo ao palestrante uma tese original.
O velho e sutil senhor era doce e gentil. E inacreditavelmente rápido, profundo e criativo.
MARCOS LISBOA, 52, economista, é presidente do Insper e colunista da Folha
VERIDIANA SCARPELLI, 38, ilustradora, é autora de "O Sonho de Vitório" (Cosac Naify)

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/04/1879642-kenneth-arrow-e-a-revolucao-de-um-nobel-na-economia.shtml

@economia @nobel

terça-feira, 16 de maio de 2017

Vídeo: controlando o mal de Parkinson (BBC)




@medicina @longevidade

Einstein e Spotify fazem parceria para estudar efeito da música sobre a saúde


Folha de São Paulo (CLÁUDIA COLLUCCI)
30/04/2017 

 Ao chegar ao setor de hemodinâmica do hospital Albert Einstein (SP) na última quarta (26) para uma angioplastia, o engenheiro civil Antonio Sergio Cassavia, 62, estava nervoso. "A gente pensa nos riscos, na família."
No entanto, ao ouvir os primeiros acordes que saíam das caixinhas de som da sala cirúrgica, começou a se acalmar. "Foi dando uma sensação boa de relaxamento, e, quando vi, o procedimento já tinha acabado", lembra o engenheiro, fã de rock clássico.
"Songs Without Words", de Felix Mendelssohn, e "Suite Bergamasque", de Claude Debussy, são algumas das músicas da playlist Clássicos Palpitantes que Cassavia ouviu enquanto um stent era colocado na sua artéria.
 Além de promover o bem-estar de pacientes e da equipe médica, essa e outras 19 playlists criadas por profissionais do Einstein, músicos e curadores da plataforma Spotify têm objetivos científicos.
A proposta é verificar, por meio de estudos controlados, quais mecanismos cerebrais são ativados de acordo com a seleção musical usada em diversas situações clínicas.
As listas foram criadas a partir do perfil dos pacientes, das sugestões de profissionais que já trabalhavam com música dentro do hospital e do banco de dados de usuários do Spotify.
Em três setores do Einstein, os pacientes já estão acessando as playlists. No banco de sangue, a pessoa ouve no celular dela, com o próprio fone de ouvido. Na hemodinâmica, a música é ambiente. O doente escuta a seleção junto com a equipe médica.
Na ressonância magnética, ele escolhe a sua lista e a ouve por meio de um fone especial, acoplado à máquina. "Não pode ter nenhuma estrutura com ferro porque, nesse ambiente, que funciona um imã, seria sugado. Esse fone transmite o som pelo ar", explica Ronaldo Hueb Baroni, coordenador médico do serviço de ressonância magnética do Einstein.
Segundo ele, de forma empírica é possível perceber que o paciente fica mais calmo ouvindo música. A literatura médica aponta que até 10% das pessoas sentem claustrofobia ou outros desconfortos durante o exame.
"Além da música, lançamos mão de várias ferramentas, como salas com janelas, painéis fotográficos e máquinas com túneis mais abertos e mais curtos, para tornar o ambiente mais confortável e mais lúdico", diz Baroni.
A pesquisadora do Einstein Eliseth Leão, coordenadora dos estudos, diz que, no primeiro momento, a ideia é que as seleções musicais proporcionem entretenimento.
Depois, com os estudos aprovados pelo comitê de ética do hospital, serão investigados, por exemplo, a associação de diferentes estruturas musicais, como o ritmo, às respostas fisiológicas.
"Se você gosta de música erudita e eu de MPB, posso verificar essas estruturas musicais e avaliar se elas podem ser isoladas do gênero. E poder ofertar uma playlist mais direcionada para o tipo de desfecho clínico que a gente quer observar [como relaxamento e menos dor]."
PREFERÊNCIA MUSICAL
Segundo a pesquisadora, os desfechos independem da preferência musical. "Já usei música erudita com os pacientes que tinham dor crônica e que, gostando ou não do gênero musical, tiveram efeitos benéficos."
Playlist Hospitalar
No projeto de pós-doutorado, Eliseth, que é enfermeira de formação, pesquisou o impacto da comunicação não verbal mediada pela música.
"A música possibilita um caminho mais afetuoso entre o profissional de saúde e o paciente. Isso colabora para a humanização do cuidado."
Na psiquiatria, há estudos que apontam que é possível modular o estado de ânimo do paciente com o repertório musical. Nas pesquisas com Alzheimer, observa-se que a memória musical tende a ser uma das mais preservadas.
Um dos curadores do projeto do Einstein é Walter Lourenção, 87, maestro que já regeu as orquestras do município e do Estado de São Paulo.
"Estamos discutindo sobre como deve ser essa música, se tem que ter orquestra grande ou pequena, cordas, sopros, percussão, a música deve ser lenta ou rápida. Há um campo enorme de pesquisa."
Lourenção lembra que os benefícios musicais extrapolam a área da saúde. "Na Itália, a música vem sendo muito usada na agricultura. As uvas ouvem música; tonéis de vinho, também."

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2017/04/1879710-einstein-e-spotify-fazem-parceria-para-estudar-efeito-da-musica-sobre-a-saude.shtml

@medicina @longevidade

Fígado supera cérebro e país afunda em mar de bile (Clóvis Rossi)

Quando o fígado supera o cérebro, o país afunda em um mar de bile

FSP - 04/05/17 04/05/2017 02h00
Michelle Goldberg, colunista da "Slate", reclama, em artigo para o "New York Times", de "como a esquerda aprendeu a odiar como a direita". Ela é liberal, o máximo de esquerdismo a que se permitem os americanos, e naturalmente culpa os republicanos por terem inaugurado o ódio com sua rejeição frontal a Barack Obama.
Mas lamenta que a reação dos liberais a Donald Trump seja igualmente rancorosa.



      
Muro é armado para separar manifestantes pró e contra o impeachment na Esplanada dos Ministérios
Pedro Ladeira - 23.ago.2016/Folhapress      
Faz no final do artigo uma observação preciosa: "O ódio oblitera a nuance e estimula teorias conspiratórias (...). Provavelmente não é bom para a América que toda eleição pareça-se a uma batalha pelo futuro da civilização".
Proponho um exercício, talvez inútil e ingênuo, de trazer para o Brasil o raciocínio de Michelle. Aqui também, o ódio instalou-se no ambiente político e social. Não adianta discutir se quem instalou o ódio foram os "coxinhas" ou os "mortadelas", mas ele está aí, forte.
Odeia-se o PSDB ou o PT, assim como se odeia o juiz Sergio Moro ou Luiz Inácio Lula da Silva. No mundo político, só há um amor ecumênico: pela Odebrecht, OAS e demais empreiteiras, que irrigam todos os lados que amam odiar-se.
É um jogo que, de fato, "oblitera a nuance". Pegue-se, por exemplo, o caso dalibertação de José Dirceu, decidida por três dos ministros do STF. O ódio faz com que se diga que são traidores da pátria, pelo lado contrário a Dirceu, ou que a pátria foi salva das garras da República de Curitiba, pelo outro lado.
Fica perdida uma nuance importante: o STF não revogou a condenação de Dirceu; apenas determinou que ele fique em liberdade até o julgamento definitivo ou até que uma nova condenação, em outro caso, o leve de volta a Curitiba.
A condenação original, lá atrás, já produziu efeitos: Dirceu perdeu o mandato e teve sua carreira política truncada, provavelmente para sempre. Era, lembra-se?, potencial candidato à Presidência da República e, hoje, nem seus defensores exacerbados pensam nele para vereador.
Pulemos para outro exemplo: as reformas trabalhista e da Previdência. De novo, como escreveu Michelle Goldberg, fica parecendo, pela fúria com que cada lado ataca ou defende os projetos, que está em jogo o futuro da civilização.
Não creio que nem o futuro do Brasil, menos ainda o da civilização, estará assegurado ou perdido, caso passem ambas as reformas ou sejam ambas rejeitadas no fim das contas.
A nuance que se perde, a meu ver, é que nem o "status quo", que os adversários das reformas acabam defendendo, nem as mudanças propostas estabelecem o paraíso na Terra. Se não houvesse essa carga toda de ódio, talvez se pudesse discutir reformas — que todos admitem serem necessárias— que tornassem os projetos mais aceitáveis.
Aí entra um conceito, o de "superioridade moral", citado em "El País" desta quarta-feira (3) por Félix Ovejero, professor da Universidade de Barcelona: "Se alguém se sente essencialmente melhor, não acredita que deva explicações aos que não julga à sua altura".
E assim vamos afogando em um mar de bile.

http://www1.folha.uol.com.br/colunas/clovisrossi/2017/05/1880944-quando-o-figado-supera-o-cerebro-o-pais-afunda-em-um-mar-de-bile.shtml

@política @Brasil


domingo, 14 de maio de 2017

CEBOLAS: que perigo! ( Tome cuidado)

Taí uma coisa que nós fazemos e é tão perigosa! 
 
Em 1919, quando a gripe matou 40 milhões de pessoas havia um doutor que visitou muitos agricultores para ver se ele poderia ajudá-los a combater a gripe, pois que muitos deles que haviam contraído a doença haviam morrido.

Em uma visita na propriedade de outro fazendeiro, na mesma região, a médico surpreendeu-se em saber do bom estado de saúde que lá encontrou. Todos estavam muito saudáveis. Quando o médico perguntou ao fazendeiro o que eles estavam fazendo para se protegerem da gripe, a mulher deste prontamente respondeu que ela colocava uma cebola cortada (com casca) em pratos e distribuia-os nos quartos da casa.

O Médico não podia acreditar no que ouviu. Pediu ao fazendeiro para lhe entregar uma das cebolas que estava usando e pôs sob seu microscópio, quando então observou enorme números de bactérias da gripe ali acumulados.

Levado a um pneumologista, este explicou que as cebolas são um ímã enorme para as bactérias, especialmente as cebolas cruas. 

Em suma, nunca mantenha cebolas fatiadas para serem usadas no dia seguinte, mesmo que colocadas em sacos fechados, herméticos ou na geladeira. Seu consumo deve ser imediato, vez que pode ser um perigo consumí-las a posteriori.

Além disso, os cães nunca devem comer cebolas. Seus estômagos não pode metabolizar cebolas.

Lembre-se: é perigoso cortar uma cebola e consumí-la no dia seguinte. A cebola se torna altamente venenosa, mesmo depois de uma noite única, e cria bactérias tóxicas. Estas bactérias podem causar infecções do estômago adversos por causa de secreções biliares em excesso e intoxicação alimentar.


@saúde @culinária

#35 - Word - Bloquear partes do Documento para edição

Vídeo: Óculos de mãe (The SkitGuys)


@humor @mãe

Pregando a tolerância em nome do Islã (The New York Times)


Sinta Nuriyah continuou com seu ativismo, mesmo depois de paralisada da cintura para baixo em decorrência de um acidente de carro em 1992 (Kemal Jufri para The New York Times)

POR JON EMONT MAIO 11, 2017

JAKARTA, Indonésia — O olhar da muçulmana transgênero percorreu a recepção, cheia de exuberantes homenagens enviadas por governantes estrangeiros. Finalmente, a anfitriã, Sinta Nuriyah, 69, entrou no cômodo em sua cadeira de rodas, passando por um enorme busto do marido, Abdurrahman Wahid, ex-presidente e voz de um Islã moderado, que morreu em 2009.

As mulheres procuravam os conselhos de Sinta. A escola dela para mulheres islâmicas foi fechada em meio a uma onda nacional de repressão a organizações defensoras de lésbicas, gays, bissexuais e pessoas transgênero.

Sinta fez pausas na conversa para oferecer suas orientações. “Procure a direção regional do distrito”, disse ela. “Todas as pessoas têm o direito de cultuar a Deus, não apenas algumas delas. Essa é a verdade do Islã.”

Shinta Ratri, líder da escola, foi efusiva. “Não há mais ninguém como ela na Indonésia, que se importe tanto com os grupos marginalizados”, disse ela.

Desde a morte do marido, Sinta, formada em estudos femininos e paralisada da cintura para baixo depois de um acidente de carro em 1992, defende um Islã feminista e tolerante. “Vivemos entre religiões, etnias e culturas diferentes”, disse ela. “É necessário enfrentar os extremistas”.

O governador cristão de Jakarta está sendo processado por “insultar o Alcorão” graças à pressão de grupos muçulmanos mais radicais. Sinta foi uma das poucas lideranças muçulmanas a defendê-lo.



Sinta Nuriyah, viúva do ex-presidente Abdurrahman Wahid, diz acreditar em seu dever de confrontar o extremismo (Kemal Jufri para The New York Times)

Faz 16 anos que ela viaja pela Indonésia durante o Ramadã, organizando cerimônias ecumênicas de encerramento do jejum. No ano passado, numa igreja católica de Semarang, ela foi confrontada por membros de um grupo muçulmano extremista que a acusaram de promover a mistura das duas tradições religiosas. “É preciso confrontá-los“, disse Sinta a respeito dos radicais. “Caso contrário, vão se sentir encorajados a continuar agindo assim”.

Sinta também é defensora dos direitos da mulher. Durante uma visita recente a um programa de entrevistas, o apresentador perguntou o motivo da oposição dela à poligamia.

“Quem pode tratar com justiça várias mulheres?” indagou Sinta.

“Alguns conseguem!”, gritaram algumas mulheres na plateia.

“Não é verdade!”, respondeu Sinta, resoluta.

Posteriormente, o apresentador, Andy Noya, perguntou por que ela insistia em encerrar o jejum com pessoas de diferentes fés.

“Porque somos todos irmãos”, disse ela. “Temos que estar sempre vigilantes e proteger um ao outro”.

Nascida na zona rural do leste de Java, em 1948, Sinta era um dos 18 filhos de um pai calígrafo que tinha uma mulher. Em 1971, Sinta obteve o diploma em direito da Shariah e então deixou a faculdade para começar uma família. Em 1999, depois que o ditador Suharto deixou o poder, o marido de Sinta se tornou o primeiro presidente da Indonésia a vencer uma eleição disputada. Ela insistiu ao marido que demonstrasse humildade democrática, um dos motivos pelos quais a família ainda é lembrada com carinho.

“Não precisávamos agir como reis nem vestir roupas como tal”, disse ela.

O marido dela sofreu impeachment dois anos depois de assumir o governo por seu fracasso em manter a ordem nos tumultuados anos iniciais da democracia na Indonésia. Mas os dois se mantiveram ativos nas questões públicas. Sinta fundou uma rede de internatos islâmicos progressistas para garotas.

“Não é fácil apagar ensinamentos que já penetraram fundo”, disse.

Ela se preocupa com a capacidade das instituições islâmicas moderadas da Indonésia reverterem a maré do Islã fundamentalista.

“Agora nossa luta é ainda mais pesada” do que contra as potências colonialistas e imperialistas, disse ela, “porque as pessoas que enfrentamos não são estrangeiras, e sim do nosso próprio país”.

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@ islã 

sábado, 13 de maio de 2017

Clube 99

Era uma vez um rei muito rico.Tinha tudo. Dinheiro, poder, conforto, centenas de súditos.
Ainda assim não era feliz.

Um dia, cruzou com um de seus criados, que assobiava alegremente enquanto esfregava o chão com uma vassoura. Ficou intrigado. Como ele, um soberano supremo do reino, poderia andar tão cabisbaixo enquanto um humilde servente parecia desfrutar de tanto prazer?

 - “Por que você está tão feliz?”, perguntou o rei.

 - “Majestade, sou apenas um serviçal. Não necessito muito. Tenho um teto para abrigar minha família e uma comida quente para aquecer nossas barrigas”.

O rei não conseguia entender. Chamou então o conselheiro do reino, a pessoa em que mais confiava.
 - “Majestade, creio que o servente não faça parte do Clube 99″
 - “Clube 99? O que é isso?”
 - “Majestade, para compreender o que é o Clube 99, ordene que seja deixado um saco com 99 moedas de ouro na porta da casa do servente”.

E assim foi feito.

Quando o pobre criado encontrou o saco de moedas na sua porta, ficou radiante. Não podia acreditar em tamanha sorte. Nem em sonhos tinha visto tanto dinheiro.

Esparramou as moedas na mesa e começou a contá-las.
 -”…96, 97, 98… 99.”

Achou estranho ter 99. Achou que poderia ter derrubado uma, talvez. Provavelmente eram 100. Mas não encontrou nada. Eram 99 mesmo.

Por algum motivo, aquela moeda que faltava ganhou uma súbita importância.

Com apenas mais uma moeda de ouro, uma só, ele completaria 100.

Um número de 3 dígitos! Uma fortuna de verdade.

Ficou obcecado por completar seu recente patrimônio com a moeda que faltava.

Decidiu que faria o que fosse preciso para conseguir mais uma moeda de ouro. Trabalharia dia e noite. Afinal, estava muito, muito, muito perto de ter uma fortuna de 100 moedas de ouro. Seria um homem rico, com 100 moedas de ouro.

Daquele dia em diante, a vida do servente mudou.

Passava o tempo todo pensando em como ganhar uma moeda de ouro. Estava sempre cansado e resmungando pelos cantos. Tinha pouca paciência com a família que não entendia o que era preciso para conseguir a centésima moeda de ouro. Parou de assobiar enquanto varria chão.

O rei percebeu essa mudança súbita de comportamento e chamou seu conselheiro, que respondeu.
 - “Sim Majestade, agora o servente faz, oficialmente, parte do Clube 99″.

 "O Clube 99 é formado por pessoas que têm o suficiente para serem felizes, mas mesmo assim não estão satisfeitas. Estão constantemente correndo atrás desse 1 que acham que lhes falta. Vivem repetindo que se tiverem apenas essa última e pequena coisa que lhes falta, aí sim poderão ser felizes de verdade. Na realidade é preciso muito pouco para se ser feliz. Porém, no momento em que ganhamos ou conquistamos algo bem maior, imediatamente surge a sensação que poderíamos ter mais. Com um pouco mais, acreditamos que haveria de fato, uma grande mudança. Só um pouco mais. Então perdemos o sono, nossa alegria, nossa paz e as vezes até machucamos as pessoas que estão a nossa volta, pois o pouco mais, sempre vira… um pouco mais e mais, eis o perigo.

O pouco mais é o preço do nosso desejo desenfreado que pagamos com a insatisfação e que acaba nos trazendo a tristeza. Ofusca as coisas boas que já temos a cada dia, que seriam suficientes para sermos felizes simplesmente desfrutando o presente.”

 “Em tudo dai Graças, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, Deus sabe do que precisamos para sermos felizes”.


@filosofia @cotidiano

Ler dá uma visão melhor do mundo



@cartoon @filosofia

Vídeo: Trem Bala, Homenagem às mães





@cotidiano @homenagem @mãe

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ausencia de una proteína puede contribuir al Alzheimer (Universidade Ben Gurion)


La ausencia de una proteína puede contribuir al Alzheimer

SHOSHANNA SOLOMON

Científicos de la Universidad Ben-Gurion dicen que altos niveles de SIRT6 facilitan la reparación del ADN, recomiendan concentrarse en mantener su producción en el cuerpo.


Los investigadores explican que la ausencia de una proteína específica en pacientes con Alzheimer puede contribuir al inicio de la enfermedad.

El envejecimiento es el resultado de la acumulación de daños en el ADN – esencialmente la imposibilidad del cuerpo de implementar procesos para reparar el ADN.

Según la Asociación de Alzheimer, se estima que 5.5 millones de estadounidenses actualmente viven con demencia de Alzheimer, de los cuales 5.3 millones tienen más de 65 años y los 200.000 sufren de Alzheimer de inicio temprano. Una de cada 10 personas de 65 años padecen la enfermedad.

Según el estudio, publicado el mes pasado en Cell Reports, uno de los componentes clave en este proceso de reparación del ADN es la proteína SIRT6. Los investigadores de la Universidad Ben-Gurión (BGU) determinaron que altos niveles de SIRT6 facilitan la reparación del ADN mientras que los niveles bajos permiten la acumulación del daño en el ADN.

“Analizamos muestras de pacientes con Alzheimer y encontramos una notable reducción de SIRT6 en niveles de proteína y mRNA”, explicaron. “Nuestros hallazgos indican que la SIRT6 protege al cerebro de la acumulación natural de daños en el ADN, y a su vez evita la neurodegeneración”.


Los investigadores probaron su hipótesis en otras enfermedades neurodegenerativas además de Alzheimer, y encontraron una deficiencia de la proteína SIRT6 en los pacientes.

“Si la disminución de SIRT6 y la falta de reparación del ADN es el comienzo de la cadena que conduce a enfermedades neurodegenerativas en personas mayores, debemos enfocar nuestra investigación en cómo mantener la producción de SIRT6 y evitar el daño del ADN que lleva a estas enfermedades, dijo en un comunicado la Dra. Debora Toiber, del Departamento de Ciencias de la Vida de BGU.

El laboratorio de Toiber es uno de los pocos en el mundo que investiga los efectos de SIRT6 en el cerebro y su conexión con enfermedades neurodegenerativas, dice el comunicado.

El estudio fue financiado por el Ministerio de Ciencia, Tecnología y Espacio de Israel.

Fuente: The Times of Israel / Reproducción autorizada con la mención siguiente: © EnlaceJudíoMéxico

 http://www.enlacejudio.com/2017/05/09/cientificos-israelies-la-ausencia-una-proteina-puede-contribuir-al-alzheimer/

@longevidade @medicina

The Future: China's Rise, America's Decline (Forbes)

Kenneth Rapoza ,  Contributor

 

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The U.S. can no longer boss China around. China's President Xi Jinping, left, stands near U.S. State of Secretary Rex Tillerson during a meeting at the Great Hall of the People in Beijing last week. The U.S. risks economic and political calamity by ignoring China's world view on trade, the South China Sea and North Korea. (Thomas Peter/Pool Photo via AP)

In the big scheme of things, the new grand chessboard isn't Western capitalism versus Soviet communism; it's the West versus the East and China is in the pole position. Slap China with trade tariffs, they dump Treasury bonds and send interest rates higher for American corporations. Play hardball with China on disputed islands in the South China Sea and you need every old Asian Tiger plus Japan on your team, countries one-and-all that are more dependent on China for growth than they are on the U.S. In this topsy turvey world, the United States has the military and the money. China has the money...and the military. Barring gunfire, we all know you follow the money.

The idea that the era of Westernization is coming to a close is most evident in cities like Shanghai and Singapore. Shanghai is fast becoming the new Hong Kong, which is already the new Tokyo. Rich Singapore is a world trade hub thanks to China, a dominant force still in nearly every container sitting on the deck of Hyundai merchant marine ship. China is used to the fall of dynasties. The U.S. is not. The history of the U.S. has moved only one way, toward greater riches and military might. The notion that the U.S. falls from power is much stranger to Americans than it is to the Chinese.

America...get used to it?

Gideon Rachman is not the only man to have this idea about the post-Western world being led by the Chinese.  Ruchir Sharma, a global strategist for Morgan Stanley, has made his writing career out of how the West was -- mostly -- lost. Then there's Financial Times chief foreign affairs commentator Rachman sitting in London, the former capital of the old colonial world, looking over the bows of a rotting East Indiaman and seeing how the world has changed so radically not in the last 400 years, but in the last 20.

"Easternization: Asia's Rise and America's Decline from Obama to Trump and Beyond", published late last year, is his second stab at America's decline. His first was six years ago, titled "Zero Sum Future." Both take a long historical book of the Western powers, from how they got their gilded dome rooftops and drove their rivals into submission to how they're now starting to look a bit more like the keystone cops. This might not be true yet for the U.S., but China surely has more power than the old colonists in France and Portugal in every way imaginable.

Shanghai now gleams with the tallest buildings in Asia. This coming June, the MSCI indexers might include Shanghai stocks in their biggest emerging market benchmarks, mandating more American money into the mainland.

Shanghai is a microcosm of greater China: a city within a city, in a world within a world.  The world it straddles is communism and über-rich capitalism; new China and old-China with remnants of its semi-colonial past. Back then, Shanghai and China made concessions to the Western imperial
powers. White Europeans lived under their own laws. The Chinese, in their own country, were second class citizens. Imagine how a New Yorker would feel if every time they looked up at the Empire State building, they were reminded that it was built by a foreign power, who had lived there hundreds of years ago, while Americans cleaned their toilet bowls and weren't allowed to take in the
shows on 42nd Street. Most Americans cannot fathom such a thing.

That past is eroding quick. China is rising. The west is merely an economic system the Chinese have adopted and hybridized into something the world is still trying to figure out.

Attitudes towards the West, and the U.S. in particular, are mixed. Nationalists are inclined to dismiss criticism from the Democracy nuns (my term, not Rachman's) in Washington who hammer on about human rights and territorial disputes, forgetting wholeheartedly that they brought the world such wonderful things as Abu Ghraib, and the implosion of Libya and Iraq (with Syria waiting in the wings, if not for Russians getting in the way).

Liberal Chinese, meanwhile, are very skeptical if not fearful of one party rule in Beijing. They
view the past colonial days as more positive than negative. This is particularly true in Hong Kong, where there is a strong pro-democracy movement that does not want to be controlled by Beijing.

Yet, even as Hong Kong prefers the lifestyle and a more open market democracy that it inherited from British colonizers, there is little doubt that widespread "easternization" is happening, Rachman argues in his book.

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Supporters of Chief Executive candidate, Hong Kong's former Financial Secretary John Tsang cheer at an election campaign in Hong Kong, Friday, March 24, 2017. Hong Kong is poised to choose a new leader on Sunday when members of a committee dominated by elites favored by Beijing
cast their ballots in the first such vote since 2014's huge pro-democracy protests. (AP Photo/Vincent Yu)

Opinion polls show that the Americans believe China is to blame for the destruction of manufacturing labor. They also think, by and large, that China will one day surpass the U.S. as global economic superpower. As it is now, many U.S. companies are becoming dependent on China for future growth. If not, they are betting on China to help drive growth in the future. This is as true for Amazon, with its favorite side kick in China, FORBES billionaire Jack Ma's e-commerce juggernaut Alibaba, as it is for Hollywood.

Five years ago, neoconservative Robert Kagan from the Foreign Policy Initiative (the spin-off of the WMD story tellers over at the defunct Project for a New American Century, aka PNAC), wrote "The World America Made" where he argued for more American soft power, more American military power, to counter who? Not ISIS. China.  Kagan wrote that China would surpass the U.S. in GDP terms by 2050.  China's GDP is around $9.5 trillion. The U.S. GDP is closer to $17 trillion. China has a long way to go to catch up. It's GDP growth rate is triple that of the U.S. today, but is expected to slow down considerably. China is getting older, however. And the U.S., meanwhile, is getting younger with a new baby boom generation called the Millennials which will help the U.S. stay strong. It's not a straight line to the top for China, in other words.

Still, there is no turning back the clock on this one. China is nobody's lapdog. It cannot be used as a foot rest. Secretary of State Rex Tillerson and President Donald Trump cannot demand it to fetch their newspaper and slippers. The political implications of China's rise in economic power are profound. Rachman lays them all out in a few key chapters in his book, which is not solely China-centric. He looks at the U.S. and the Korean dilemmas, the impacts of a failed Middle East policy on the U.S. and -- in a positive nod to the West -- how American (and, believe it or not, European!) institutions will save us from a one world government ruled from Beijing.

The U.S. became the world's largest economy in 1871 and holds that title to this day, though I think Rachman disputes this mainly because he includes the much wealthier (and smaller) autonomous regions of China. In terms of both purchasing power parity and overall economic output, the U.S. wins the day over mainland China. Outside of the wealthy eastern cities, China has a lot more poor people than the United States.

As a stand-alone, however, Hong Kong is on par today with the United States in terms of purchasing power parity, according to World Bank data. And Macao, the former Portuguese colony now home to China's casino's and also a special administrative region like Hong Kong, is actually far wealthier than the United States. It certainly blows Portugal out of the water. In fact, the roughly half a million
people who live in Macao have more wealth than those in Boston, a similar sized city, based on GDP per capita and purchasing power parity.

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The Guia chapel and lighthouse in Macao is a remnant of Portuguese colonial times. Unlike former colony Brazil, which has a larger market but lower income, Macao is Monaco compared to Portugal. (Shutterstock)

After World War II, the U.S. was about 30% of world economic output. We've been the sole economic superpower since we beat the Soviet Union in 1991. The U.S. will always be a go-to economy. The Chinese want to sell us their Lenovos and maybe someday theirZoomlions. They want to buy Gerber baby food. Nike needs China's NBA fans. They love our real estate. But the rise of China in the geopolitical sense "clearly raises the question of how long the United States can continue to dominate global politics," says Rachman. Thus, the post-Western world has already begun. Like an angry dog boxed into a corner, it begs the question what this all means and how the U.S. might react to counter it. Rachman lays out the possibilities.


@economia @USA @CHINA