domingo, 18 de fevereiro de 2018

A fábula da galinha (Portal tributário)



Esta é a fábula da galinha, que convida seus vizinhos para plantar trigo. E afirma aos outros animais: “Se plantarmos trigo, teremos pão para comer. Alguém quer me ajudar?”



- Eu não, disse a vaca.

- Nem eu, emendou o pato.

- Eu também não, falou o porco.

- Eu muito menos eu, disse o ganso. Faço parte de outro sindicato.



- Então eu mesma planto, falou a galinha. E plantou. O trigo cresceu e amadureceu em grãos dourados.



- Quem vai me ajudar a colher o trigo? Perguntou a galinha.



- Eu não, disse o pato.

- Não faz parte de minhas funções, disse o porco.

- Não, exclamou a vaca. É trabalho análogo a escravo.

- E o ganso? Não ajudo porque perderei o seguro desemprego.



- Então, falou a galinha, eu mesma colho. E colheu. E, com isso, chegou a hora de preparar o pão.



- Quem vai me ajudar a assar o pão? Indagou a galinha.



- Só se me pagarem hora extra. Falou a vaca.

- O pato disse não poder ajudar por que tinha auxílio-doença.

- O ganso disse: se só eu ajudar, será discriminação.

- O porco disse enrraivecido. Ô galinha! Pare com essa insistencia! Isso é assédio moral.



- Então eu mesma asso, disse a galinha. E assou cinco pães.

De repente, todo mundo queria pão. E a galinha disse:



- Não, agora eu vou comer os cinco pães sozinha.



- Lucros excessivos! Gritou a vaca.

- Sanguessuga capitalista! Exclamou o pato.

- Eu exijo direitos iguais! Bradou o ganso.

- E o porco partiu logo para a organização de um movimento com milhares de cartazes com dizeres: "Injustiça", "discriminação", "assédio". Para a galinha, os mais ofensivos impropérios.



Instalada a confusão, chegou um agente do governo. Dele, a galinha ouviu o seguinte:



- Você não pode ser assim egoísta.



- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio suor, defendeu-se a galinha.



- Exatamente, disse o funcionário. Essa é a beleza da livre empresa. Qualquer um neste país pode ganhar o quanto quiser, mas os mais produtivos têm que dividir o produto de seu trabalho com os que não fazem nada. Essa é a base dos nossos direitos humanos. País rico é país sem pobreza!



A galinha engoliu seco e calou. Calou de uma vez. E os vizinhos perguntam até hoje por que, desde então, ela nunca mais fez absolutamente nada... Não é para menos. Destruiram-se a iniciativa, a criatividade e os empregos.




http://www.portaltributario.com.br/artigos/fabuladagalinha.htm

@economia

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.