@festas
domingo, 31 de dezembro de 2017
sábado, 30 de dezembro de 2017
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Energia: Lixo contra fóssil (Marco Tsuyama Cardoso, Valor Econômico)
Quinta-feira,
14 de dezembro de 2017
Valor Econômico | Opinião
Marco Cardoso: Lixo contra fóssil
Até a década de
1970, a Suécia usava basicamente petróleo para satisfazer as suas necessidades
energéticas. Cerca de 80% de toda a energia gerada no país tinha como fonte
primária o hidrocarboneto. O óleo e seus derivados eram os combustíveis
essenciais para abastecer de aquecimento, transporte e eletricidade o país
nórdico. Sem nenhuma reserva de "ouro negro" no seu território e
tendo de importar o combustível, o país sentiu fortemente as duas crises de
petróleo da década e começou uma alteração da sua matriz energética sem
precedentes. Para tanto, contou também com o potencial energético de uma fonte
muito desprezada aqui no Brasil: o lixo.
Antes disso, os municípios suecos já vinham
implantando um sistema de aquecimento centralizado que reduzia o consumo e o
impacto ambiental das caldeiras e lareiras individuais. Também já usavam
digestores anaeróbicos para reduzir o volume (e o custo do transporte) do lodo
residual de estações de tratamento de esgotos. Inicialmente, porém, os sistemas
de aquecimento (District Heating) funcionaram à base de petróleo e os
digestores anaeróbicos apenas eliminavam, por meio de queima, o biogás gerado
no processo.
Essa condição perdurou até as crises da década de
1970 que aumentaram significativamente os preços do petróleo nos mercados internacionais.
Na ocasião, ficou evidente a importância de se buscar combustíveis alternativos
como o biogás antes desperdiçado.
A mesma década também viu se aprofundar a
discussão sobre os resíduos sólidos urbanos, cada vez mais volumosos e com
destinação final cada vez mais difícil. Com isso, o país enxergou no lixo parte
da energia que antes obtinha do petróleo. Usinas que aproveitavam o poder
calorífico dos resíduos começaram se tornar uma opção.
Na metade da década de 1980 surgiram
questionamentos com relação à emissão de dioxinas e furanos por essas usinas.
Em 1985, foram suspensas as construções de novas unidades, enquanto uma
comissão ficou de estudar a questão. Em 1986, a comissão concluiu que a forma
de tratamento era adequada e o governo decidiu apenas apertar um pouco mais os
limites de emissão, voltando a liberar novas plantas de recuperação energética
de resíduos.
Em 1991, tanto as plantas de recuperação por
incineração quanto os esforços na indústria de biogás ganharam novos impulsos,
quando o país aproveitou uma ampla reforma tributária para instituir o imposto
sobre carbono - já para atender uma ainda incipiente preocupação mundial com as
mudanças climáticas. Com isso, os combustíveis alternativos ficavam mais
atrativos, especialmente os resíduos que tinham um preço negativo, já que as
empresas recebiam pelo tratamento em vez de pagar pelo combustível.
Em 2000, o imposto sobre aterramento também
contribuiu, mas foi em 2002, com a proibição de aterramento de resíduos
combustíveis, e em 2005, com a proibição de aterramento de resíduos orgânicos
que as plantas de recuperação energética e de digestão anaeróbica de resíduos
orgânicos se espalharam por todo o país.
A Suécia, líder mundial em descarbonização da
economia, aterra menos de 1% dos seus resíduos, e aproveita todo o restante,
quer aumentar ainda mais sua utilização por meio da economia circular, que visa
estender o ciclo de vida dos materiais
Hoje a grande maioria das cidades suecas tem um
sistema de aquecimento central que também gera eletricidade (quase 9% da
eletricidade do país), utilizando resíduos sólidos na base. Os demais
combustíveis, que são comprados, entram conforme a demanda aumenta. Aqueles
combustíveis que ainda por cima têm impostos mais altos (petróleo), só entram
em casos extremos. Além de fornecer calor e eletricidade, muitas plantas também
oferecem refrigeração para indústrias, hospitais e comércio.
Igualmente, a grande maioria das cidades possui
uma frota de ônibus que se utilizam de biometano (biogás purificado) oriundo
dos resíduos de estações de tratamento de esgotos e dos restos alimentares e
resíduos orgânicos de indústrias que foram proibidos de serem aterrados em
2005.
Mas o melhor de tudo é que essa transformação
energética que os distanciou dos combustíveis fósseis, longe de causar impacto
econômico negativo, contribuiu para o crescimento econômico do país. De 1990
para 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do país avançou 69%, enquanto as emissões
de carbono reduziram 25%, colocando o país na condição de líder mundial da
descarbonização da economia.
Mesmo com esse excelente desempenho no
aproveitamento econômico dos recursos, a Suécia quer avançar ainda mais na
busca pela minimização do impacto ambiental. O país que aterra menos de 1% dos
seus resíduos e aproveita todo o restante, quer incrementar ainda mais o uso
dos seus resíduos por meio da economia circular que visa estender o ciclo de
vida dos materiais. Um grande exemplo está na cidade de Helsingborg, onde
várias empresas se reúnem de forma colaborativa no projeto "Vera
Park".
Com tantas cadeias industriais precisando de
resíduos como matéria-prima ou combustíveis para as suas atividades, o país
recebe lixo de fora. Não se trata de uma importação no sentido estrito da
palavra já que o serviço de tratamento de resíduos é remunerado e o país ganha
duas vezes: recebendo pagamento pelo tratamento dos resíduos e os usando como
combustível ou matéria-prima para reciclagem.
O Brasil também poderia aproveitar o potencial
energético e material do que atualmente quer apenas se livrar. Com o
aproveitamento de resíduos teria acesso a uma energia firme, que substitui as
fontes fósseis como as termelétricas que têm feito o país regredir no que tange
à descarbonização da economia. De 2001 para cá, a capacidade termelétrica a
combustível fóssil mais do que dobrou, colocando o país na contramão da
história. O aproveitamento do lixo pode ajudar a colocar o Brasil nos trilhos
novamente.
Marco Tsuyama Cardoso é pesquisador do Instituto
de Energia em Ambiente da USP, especialista em Regulação na Agência Reguladora
de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e ex-secretário
executivo do Fórum Capixaba de Mudanças Climáticas. Passou seis meses na
Universidade de Lund em pesquisa sobre aproveitamento energético de resíduos
sólidos.
@petróleo
Vídeo: Esperanças Perdidas (Originais do samba)
Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar
E a beleza encontro no samba que faço
Minhas tristezas se tornam um alegre cantar
É que carrego o samba bem dentro do peito
Sem a cadência do samba não posso ficar
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba (2x)
Quantas belezas deixadas nos cantos da vida
Que ninguém quer e nem mesmo procura encontrar
E quando os sonhos se tornam esperanças perdidas
Que alguém deixou morrer sem nem mesmo tentar
E a beleza encontro no samba que faço
Minhas tristezas se tornam um alegre cantar
É que carrego o samba bem dentro do peito
Sem a cadência do samba não posso ficar
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba (2x)
Quantas noites de tristeza ele me consola
Tenho como testemunha minha viola
Ai! Se me faltar o samba não sei o que será
Sem a cadência do samba não posso ficar!
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba (2x)
Quantas noites de tristeza ele me consola
Tenho como testemunha minha viola
Ai! Se me faltar o samba não sei o que será
Sem a cadência do samba não posso ficar!
Não posso ficar, eu juro que não
Não posso ficar eu tenho razão
Já fui batizado na roda de bamba
O samba é a corda e eu sou a caçamba (2x)
@MPB
A fraudulenta superioridade dos Economistas (Moisés Naim, El País)
Não foram capazes de prevenir a crise, nem há acordo sobre suas causas
“A arrogância dos economistas foi rigorosamente confirmada por uma pesquisa publicada em uma de suas revistas especializadas. The Journal of Economic Perspectives revela que 77% dos alunos de doutorado em economia das mais prestigiosas universidades dos Estados Unidos pensa que ‘a economia é a ciência social mais científica’. Entretanto, tão somente 9% dos entrevistados afirmam que há consenso a respeito de como responder perguntas básicas da ciência econômica”.
Escrevi isso em um artigo publicado há dez anos. Naquele texto também dei exemplos da surpreendente brecha que havia entre o pouco que sabiam e o muito superiores que se sentiam os economistas em relação a outros cientistas sociais, como cientistas políticos ou sociólogos. E em vista de sua vasta ignorância sobre temas básicos da ciência econômica, sugeri que “seria conveniente que os economistas trocassem a arrogância intelectual por uma atitude mais humilde e ver o que podem aprender com os outros”. Isso não aconteceu. E não por que a ciência econômica tenha preenchido os vazios de conhecimento que a infestavam uma década atrás.
A mesma revista em cujos dados baseei minha coluna há dez anos acaba de publicar um artigo intitulado (ironicamente) A superioridade dos economistas. Nele se demonstra que uma década depois, e apesar da catastrófica crise mundial que não foram capazes de prever e cujas razões e soluções ainda debatem ferozmente, os economistas continuam acreditando que sua ciência é superior a todas as demais. Embora existam incipientes tentativas de recorrer a outras disciplinas para enriquecer suas teorias, a realidade é que os economistas estudam — e citam — predominantemente seus colegas.
Não foram capazes de prever a crise e não existe acordo sobre suas causas
E há mais. À pergunta “Você está de acordo ou em desacordo com a afirmação de que o conhecimento interdisciplinar é melhor que o conhecimento obtido por uma só disciplina?”, a maioria (57%) dos professores de economia dos EUA ouvidos pela pesquisa estava em desacordo. Por outro lado, 75% dos professores de sociologia e 72% dos cientistas políticos pesquisados disseram que trabalhar de modo interdisciplinar era melhor.
Mas o desdém dos economistas pelas ideias de outros campos não é universal. Há disciplinas que os atraem muito. As finanças e os negócios, por exemplo. Enquanto que as citações dos economistas a outras disciplinas vêm diminuindo, as referências a artigos publicados em revistas acadêmicas especializadas em finanças experimentaram um vertiginoso crescimento. Analisando o lugar de trabalho dos autores de artigos publicados na principal revista norte-americana de economia (AER), Fourcade, Ollion e Algan constataram que nos anos cinquenta apenas 3,2% dos autores trabalhavam como professores em faculdades de negócios. Mas na década que se iniciou no ano 2000, a porcentagem aumentou para 18%.
Luigi Zingales, um respeitado economista, adverte que a proximidade de seus colegas em relação ao mundo dos negócios e das finanças pode ameaçar sua independência e condicionar sua agenda, suas conclusões e recomendações.
Zingales constatou, por exemplo, que quando os autores de artigos acadêmicos não trabalham em faculdades de negócios seus textos são significativamente menos propensos a justificar os elevados salários que os executivos recebem e com frequência têm uma posição crítica a respeito. Dois terços dos sociólogos norte-americanos ouvidos pela pesquisa afirmaram que as empresas privadas têm lucros excessivos, enquanto que apenas um terço dos economistas acredita nisso. Quase nenhum professor de finanças ouvido estava de acordo.
A crise econômica que ainda vive o mundo e a incapacidade dos economistas para oferecer soluções sobre as quais há um significativo consenso revela que seu instrumental teórico necessita urgentemente de uma injeção de novas ideias, de métodos e hipóteses sobre a conduta humana. É difícil que isso ocorra enquanto prevalecer o arrogante isolamento intelectual da elite que atualmente rege de maneira férrea e míope as pesquisas econômicas.
Twitter @moisesnaim
Link El Pais
@economia @internacional
quarta-feira, 27 de dezembro de 2017
Vídeo: Hello Brother (Louis Armstrong, Lab Ottagono, #officinadelleidee)
A man wants to work for his pay A man wants a place in the sun A man wants a gal proud to say That she'll become his lovin' wife He wants a chance to give his kids a better life Well hello, hello, hello brother You can travel all around the world and back You can fly or sail or ride a railroad track But no matter where you go you're gonna find That people have the same things on their minds A man wants to work for his pay A man wants a place in the sun A man wants a gal proud to say That she'll become his lovin' wife He wants a chance to give his kids a better life Well hello brother, hello Yeah Darling! He wants a chance to give his kids a better life, yes Well hello, hello, brother hello I said, "Hello, hello, brother hello"
SONGWRITERS GEORGE DAVID WEISS, BOB THIELE
@Jazz @filosofia
METAS do NORDESTINO para o ANO NOVO
- Anote os seus querê e pendure num lugar que você espie
todo dia.
- Mesmo que seus objetivos estejam lá prá baixa da égua,
vale a pena correr atrás deles. Não se agonie e nem esmoreça. Peleje.
- Lembre que pra ficar estribado é preciso trabalhar. Não
fique frescando e remanchando.
- Cuide bem dos bruguelim e dos bixim. Dê sempre mais que o
sustento, pois eles lhe dão o aconchego no fim da lida.
- Não fique lesando, resmungando e batendo no quengo por
besteira. Seje macho e pense positivo.
- Num se avexe, num se aperreie e nem se agonie. Num é nas
carreira que se esfola um preá.
- Reflita sobre as besteiras do ano passado e jogue no mato
os maus pensamentos.
- Murche as orêia, respire fundo e grite bem alto: SAAAI!!!!
Agora é só levantar a cabeça e desimbestar no rumo da venta
que vai dar tudo certo em 2018, afinal
de contas você é brasileiro e nordestino.
Se não é... É doidim prá ser!
Um ano novo bem arretado pra vocês tudim !!!!
@fun
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