Lopes vê melhora consistente na propagação da covid
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Valor Econômico / Brasil
Sergio Lamucci
Os números da propagação da covid-19 no Brasil continuam a melhorar de forma consistente, avalia o ex-presidente do Banco Central (BC) Francisco Lopes. Em relatório de sua consultoria, a Macrométrica, ele diz que a taxa de variação de casos se aproxima de 2%. Segundo Lopes, se essa tendência de desaceleração for mantida, a relação entre novos casos e o total de casos pode convergir para zero até o fim de agosto.
Nesse caso, o total de casos chegará a 3 milhões e o total de óbitos será de 107 mil, escreve ele. Para Lopes, a curva de novos casos por dia, na média de sete dias, deverá começar a recuar a partir de 20 julho.
Na visão do economista, a desaceleração ocorre de modo consistente na maior parte dos Estados. “As três únicas exceções são Amazonas, Sergipe e Amapá, este último com a maior aceleração”, diz Lopes, observando que “esses Estados ‘não-convergen - tes’ representam pouco mais de 8% do total de casos”. Segundo ele, os Estados com maior velocidade de propagação são Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Amapá e Sergipe, medidos pela Zt, que compara os novos casos com o total de casos.
Já no Rio de Janeiro há uma “quase estabilidade” nessa taxa, “o que pode ser um mau sinal se estiver refletindo um primeiro impacto da abertura da economia”, diz Lopes.
O economista passa então a analisar a situação no exterior, avaliando mais detidamente o caso dos Estados Unidos. Segundo ele, os EUA parecem ser “o exemplo mais nítido” do fenômeno da segunda onda. Ele observa que, depois de atingir um mínimo próximo de 1% por volta de meados de junho, a velocidade de crescimento diário do total de casos, no intervalo de um mês, voltou a acelerar de novo para próximo de 2%.
“Os Estados com infecções mais antigas, como Nova York, Nova Jersey, Massachusetts, Illinois e Pensilvânia têm níveis de Zt [a relação entre novos casos e o total de casos] já bem próximos de zero”, diz Lopes. “Louisiana parece ser um caso especial por permanecer com velocidade elevada já por muito tempo.”
sexta-feira, 17 de julho de 2020
Valor Econômico / Brasil
Sergio Lamucci
Os números da propagação da covid-19 no Brasil continuam a melhorar de forma consistente, avalia o ex-presidente do Banco Central (BC) Francisco Lopes. Em relatório de sua consultoria, a Macrométrica, ele diz que a taxa de variação de casos se aproxima de 2%. Segundo Lopes, se essa tendência de desaceleração for mantida, a relação entre novos casos e o total de casos pode convergir para zero até o fim de agosto.
Nesse caso, o total de casos chegará a 3 milhões e o total de óbitos será de 107 mil, escreve ele. Para Lopes, a curva de novos casos por dia, na média de sete dias, deverá começar a recuar a partir de 20 julho.
Na visão do economista, a desaceleração ocorre de modo consistente na maior parte dos Estados. “As três únicas exceções são Amazonas, Sergipe e Amapá, este último com a maior aceleração”, diz Lopes, observando que “esses Estados ‘não-convergen - tes’ representam pouco mais de 8% do total de casos”. Segundo ele, os Estados com maior velocidade de propagação são Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Amapá e Sergipe, medidos pela Zt, que compara os novos casos com o total de casos.
Já no Rio de Janeiro há uma “quase estabilidade” nessa taxa, “o que pode ser um mau sinal se estiver refletindo um primeiro impacto da abertura da economia”, diz Lopes.
O economista passa então a analisar a situação no exterior, avaliando mais detidamente o caso dos Estados Unidos. Segundo ele, os EUA parecem ser “o exemplo mais nítido” do fenômeno da segunda onda. Ele observa que, depois de atingir um mínimo próximo de 1% por volta de meados de junho, a velocidade de crescimento diário do total de casos, no intervalo de um mês, voltou a acelerar de novo para próximo de 2%.
“Os Estados com infecções mais antigas, como Nova York, Nova Jersey, Massachusetts, Illinois e Pensilvânia têm níveis de Zt [a relação entre novos casos e o total de casos] já bem próximos de zero”, diz Lopes. “Louisiana parece ser um caso especial por permanecer com velocidade elevada já por muito tempo.”
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