As dez ações que dobram de valor e ignoram a crise
Veja quais são as empresas que estão se destacando na Bolsa de Valores desde o primeiro dia do governo Bolsonaro
Segunda-feira, 1 de Junho de 2020
Márcio Kroehn
Quando o investidor menos acostumado aos altos e baixos da Bolsa olha o retorno absoluto de 8,58% do Ibovespa em maio e compara com a queda acumulada de 24,4% do indicador em 2020 pode se perguntar como é possível encontrar boas ações para se tornar sócio diante de informações tão conflitantes. A resposta é olhar a parte, e não o todo. "Não adianta tentar acertar um setor ou o que vai acontecer lá na frente. O investidor tem de buscar empresas que tenham potencial de crescimento independente da economia", diz o sócio da Nord Research Bruce Barbosa.
As dez empresas que mais se valorizaram do início do governo Jair Bolsonaro até o fim de maio não têm uma correlação específica com a economia ou com decisões política. Cada empresa apresentou um diferencial para gerar retornos superiores a 100% no período.
Embora o conceito de value investing (que privilegia a compra de ações a preço barato) ainda esteja presente na estratégia de alocação de recursos do investidor, nos últimos anos têm ganhado força o growth investing. A ideia é encontrar empresas que apresentam crescimento muito rápido e que não tenham relação com o desempenho macroeconômico - empresas ligadas à tecnologia são as grandes expoentes.
Duas empresas varejistas aparecem entre esses destaques. A Magazine Luiza é o caso no mercado brasileiro que mais se aproxima ao da gigante americana Amazon. Além de fortalecer o seu e-commerce nos últimos anos, a empresa conta com uma gestão liderada por Frederico Trajano, que tem feito a diferença para os resultados - mesmo considerando um período difícil como o primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido de R$ 30,8 milhões, uma queda de 76,7% na comparação com o mesmo período de 2019. "Não teve um boom de crescimento de consumo no Brasil. A Magazine Luiza fez um trabalho dentro de casa, mais micro do que macro", diz o analista independente de investimentos Marco Saravalle.
A outra rede varejista que salta aos olhos é a Via Varejo, mas por um motivo completamente diferente ao de sua concorrente. A companhia vem fazendo um trabalho de turnaround, ou seja, recuperando e transformando o negócio. Com a força de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio, os analistas do mercado financeiro enxergam um potencial de repetir o sucesso da Magalu, principalmente nas vendas pelo canal digital. "A Via Varejo saiu da aba do Grupo Casino e do Pão de Açúcar e é um caso bastante específico de mercado", diz Rodrigo Menon, sóciogestor da Arbitral Gestão de Recursos.
Há outros casos interessantes desse período. A PetroRio é o resultado da reestruturação da HRT Petróleo promovida pelas mãos do controverso empresário Nelson Tanure. Já a JSL é uma holding formada por uma empresa de logística e por locadoras de veículos leves e pesados. Dentro desse pacote, há uma expectativa muito grande com relação à oferta inicial de ações da Vamos, a unidade voltada especificamente à locação de caminhões, máquinas e equipamentos no Brasil, que deveria acontecer no fim de março, mas foi adiada com o início da pandemia do coronavírus.
As dez empresas que mais se valorizaram do início do governo Jair Bolsonaro até o fim de maio não têm uma correlação específica com a economia ou com decisões política. Cada empresa apresentou um diferencial para gerar retornos superiores a 100% no período.
Embora o conceito de value investing (que privilegia a compra de ações a preço barato) ainda esteja presente na estratégia de alocação de recursos do investidor, nos últimos anos têm ganhado força o growth investing. A ideia é encontrar empresas que apresentam crescimento muito rápido e que não tenham relação com o desempenho macroeconômico - empresas ligadas à tecnologia são as grandes expoentes.
Duas empresas varejistas aparecem entre esses destaques. A Magazine Luiza é o caso no mercado brasileiro que mais se aproxima ao da gigante americana Amazon. Além de fortalecer o seu e-commerce nos últimos anos, a empresa conta com uma gestão liderada por Frederico Trajano, que tem feito a diferença para os resultados - mesmo considerando um período difícil como o primeiro trimestre deste ano, com lucro líquido de R$ 30,8 milhões, uma queda de 76,7% na comparação com o mesmo período de 2019. "Não teve um boom de crescimento de consumo no Brasil. A Magazine Luiza fez um trabalho dentro de casa, mais micro do que macro", diz o analista independente de investimentos Marco Saravalle.
A outra rede varejista que salta aos olhos é a Via Varejo, mas por um motivo completamente diferente ao de sua concorrente. A companhia vem fazendo um trabalho de turnaround, ou seja, recuperando e transformando o negócio. Com a força de marcas como Casas Bahia e Ponto Frio, os analistas do mercado financeiro enxergam um potencial de repetir o sucesso da Magalu, principalmente nas vendas pelo canal digital. "A Via Varejo saiu da aba do Grupo Casino e do Pão de Açúcar e é um caso bastante específico de mercado", diz Rodrigo Menon, sóciogestor da Arbitral Gestão de Recursos.
Há outros casos interessantes desse período. A PetroRio é o resultado da reestruturação da HRT Petróleo promovida pelas mãos do controverso empresário Nelson Tanure. Já a JSL é uma holding formada por uma empresa de logística e por locadoras de veículos leves e pesados. Dentro desse pacote, há uma expectativa muito grande com relação à oferta inicial de ações da Vamos, a unidade voltada especificamente à locação de caminhões, máquinas e equipamentos no Brasil, que deveria acontecer no fim de março, mas foi adiada com o início da pandemia do coronavírus.
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