Bancos vivem período de euforia com Trump nos Estados Unidos
Hugh Son | Bloomberg (03/01/2017)
As ações dos bancos dos EUA estão nas nuvens desde a vitória de Donald Trump, que impulsionou as expectativas de lucro para o setor. Mas, para quem trabalha no ramo, a batalha diária para manter o emprego não ficará mais fácil. O quadro de impostos menores, juros maiores e regulamentação menos severa pode elevar os lucros dos bancos americanos em 22%, na mediana, em 2018, porém as instituições continuarão reduzindo custos ao aplicar tecnologias para substituir agências e funcionários, segundo analistas do Morgan Stanley. E embora a alta dos juros possa ampliar as margens, também pode esfriar a demanda por empréstimos imobiliários e emissão de títulos corporativos.
O que também significa menos necessidade de pessoal. "É difícil imaginar a expansão dos empregos em finanças", disse Fred Cannon, chefe de pesquisas do Keefe, Bruyette & Woods.
O nível de emprego nos grandes bancos vem encolhendo desde a crise de 2008. Primeiramente, por causa da consolidação, e depois porque os custos legais foram se acumulando e as receitas ficaram estagnadas. O ritmo de demissões caiu e ficou abaixo de 19.400 vagas eliminadas nos primeiros 10 meses de 2016, mas os analistas não antecipam uma retomada, por causa do avanço da automação.
A eleição do bilionário em novembro fez com que muitos analistas revisassem suas projeções. Foi uma reversão em relação ao ocorrido no início de 2016, quando as ações do setor bancário derrapavam e o analista Mike Mayo, da CLSA, via maior probabilidade de reestruturação do Bank of America, até com um desmembramento das operações da instituição. Seis meses depois, um relatório do Berenberg Bank afirmava que os bancos estavam "atolados" em juros baixos e dívidas que permaneceria durante anos. Agora, analistas como Paul Miller, da FBR Capital, dizem estar mais otimistas em relação às ações de bancos do que em qualquer outro momento da última década. Apesar da alta de 22% do índice KBW Bank desde a eleição, as ações podem subir ainda mais à medida que as políticas do novo governo forem sendo definidas, segundo o analista.
Os bancos devem reduzir o número de funcionários nas agências, mas tendem a contratar profissionais especializados em concessão de empréstimos e atividades comerciais se a demanda aumentar devido ao crescimento econômico, disse Kevin Barker, analista da Piper Jaffray.
A euforia em torno das ações dos bancos, no entanto, pode durar pouco. Ninguém sabe até que ponto Trump vai flexibilizar o arcabouço das regulamentações do setor. Se os juros subirem rápido demais, as perdas de crédito podem crescer e os poupadores podem mudar suas contas em busca de retorno maior, o que elevaria os custos de captação. Ainda assim, pela primeira vez em anos, ser analista do setor bancário voltou a ser divertido, disse Cannon, porque os investidores estão interessados. "De repente, os gestores de carteira que praticamente não tinham posição no setor financeiro precisaram comprar esses papéis", disse ele. "Os telefones estão tocando bem mais agora."
O que também significa menos necessidade de pessoal. "É difícil imaginar a expansão dos empregos em finanças", disse Fred Cannon, chefe de pesquisas do Keefe, Bruyette & Woods.
O nível de emprego nos grandes bancos vem encolhendo desde a crise de 2008. Primeiramente, por causa da consolidação, e depois porque os custos legais foram se acumulando e as receitas ficaram estagnadas. O ritmo de demissões caiu e ficou abaixo de 19.400 vagas eliminadas nos primeiros 10 meses de 2016, mas os analistas não antecipam uma retomada, por causa do avanço da automação.
A eleição do bilionário em novembro fez com que muitos analistas revisassem suas projeções. Foi uma reversão em relação ao ocorrido no início de 2016, quando as ações do setor bancário derrapavam e o analista Mike Mayo, da CLSA, via maior probabilidade de reestruturação do Bank of America, até com um desmembramento das operações da instituição. Seis meses depois, um relatório do Berenberg Bank afirmava que os bancos estavam "atolados" em juros baixos e dívidas que permaneceria durante anos. Agora, analistas como Paul Miller, da FBR Capital, dizem estar mais otimistas em relação às ações de bancos do que em qualquer outro momento da última década. Apesar da alta de 22% do índice KBW Bank desde a eleição, as ações podem subir ainda mais à medida que as políticas do novo governo forem sendo definidas, segundo o analista.
Os bancos devem reduzir o número de funcionários nas agências, mas tendem a contratar profissionais especializados em concessão de empréstimos e atividades comerciais se a demanda aumentar devido ao crescimento econômico, disse Kevin Barker, analista da Piper Jaffray.
A euforia em torno das ações dos bancos, no entanto, pode durar pouco. Ninguém sabe até que ponto Trump vai flexibilizar o arcabouço das regulamentações do setor. Se os juros subirem rápido demais, as perdas de crédito podem crescer e os poupadores podem mudar suas contas em busca de retorno maior, o que elevaria os custos de captação. Ainda assim, pela primeira vez em anos, ser analista do setor bancário voltou a ser divertido, disse Cannon, porque os investidores estão interessados. "De repente, os gestores de carteira que praticamente não tinham posição no setor financeiro precisaram comprar esses papéis", disse ele. "Os telefones estão tocando bem mais agora."
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