Itaipu fecha ano batendo recorde em dezembro e tem produção histórica de 103,09 milhões de MWh
A usina hidrelétrica de Itaipu fechou 2016 com uma
produção histórica de 103.098.366 de megawatts-hora (MWh) e estabeleceu
uma nova marca mundial. A usina que não para de surpreender finalizou o
ano como começou: batendo recordes. A binacional registrou o melhor
dezembro de todos os tempos. No mês passado foram produzidos quase 8,9
milhões de MWh.
A produção histórica de Itaipu é registrada num início de verão bastante quente, quando a sensação térmica em algumas cidades do Sudeste do Brasil e em Assunção, no Paraguai, bateu na casa dos 50 graus Celsius. No pico do calor, a usina brasileiro-paraguaia tem garantido o suprimento de energia e a demanda de ponta para os mercados dos dois países.
Os 103,09 milhões de MWh gerados por Itaipu, que agora em 2016 voltou a ser líder anual de geração de energia elétrica à frente de Três Gargantas - que detinha o título desde 2014, com 98,8 milhões de MWh - seria suficiente para atender o Brasil por dois meses e 18 dias; o Paraguai por sete anos e três meses; a região Sudeste do Brasil por cinco meses; a cidade de São Paulo por três anos e cinco meses; a cidade do Rio de Janeiro por cinco anos e oito meses; ou ainda a cidade de Salvador por 26 anos e seis meses.A América Latina inteira seria suprida com eletricidade por 35 dias.
Recorde após recorde
Em doze meses, Itaipu teve recorde de geração em sete: melhores janeiro, fevereiro, maio, junho, outubro, novembro e também dezembro. Já abril, julho, agosto e setembro ficaram em segunda posição no ranking mensal histórico, enquanto março ficou em terceiro lugar.
Com desempenho espetacular dia após dia, já no começo do ano se acenava a possibilidade de chegar em 2016 à meta inédita dos 100 milhões de MWh anuais estipulada em 2012 pelo diretor-geral brasileiro da usina, Jorge Samek. Só não se sabia que esse valor seria superado em mais de 3 milhões de MWh.
“O recorde mostra a maturidade de Itaipu, que no auge da produção e produtividade, se prepara para uma nova etapa a partir de 2017. Mais uma vez, a usina demonstrou sua solidez para contribuir de forma eficiente no desenvolvimento do Brasil e Paraguai”, afirmou Samek.
28 milhões a mais do que o previsto
Nem mesmo os mais otimistas poderiam imaginar que a usina alcançaria uma meta tão audaciosa, superando em mais de 28 milhões de MWh a energia garantida de 75 milhões de MWh prevista no Tratado que deu origem à binacional.
Auge da produção
Foi um ano sem precedentes para a operação da usina, que chegou aos 32 anos e sete meses de funcionamento, no auge da produção, com inúmeros recordes, reassumindo a liderança mundial de geração anual de energia, com mais de 4 milhões de MWh de vantagem sobre a hidrelétrica chinesa Três Gargantas.
Participação maior no mercado
O aumento da produção elevou a participação de Itaipu no mercado brasileiro de eletricidade em 2 pontos percentuais, subindo de 14,6% em 2015 para 16,8% este ano. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, região de maior consumo de energia elétrica no Brasil, a participação da binacional cresceu de 19,3% para 22,4%, um incremento de 3 pontos percentuais.
Menos energia cara
O aumento da produção de Itaipu também impulsionou em 2016 a participação das hidrelétricas no parque gerador nacional. Com a maior utilização de energia hídrica, que é mais limpa e barata, o acionamento das termoelétricas foi reduzido. Outro aspecto positivo é o aumento do valor do repasse dos royalties, que ficará em torno de 15%. De 1985 até 2013, a empresa pagou cerca de US$ 10 bilhões em royalties ao Brasil e ao Paraguai.
O pagamento pela exploração da água para a geração de energia, está previsto no Anexo C do Tratado de Itaipu. No lado brasileiro, os recursos beneficiam 16 municípios, sendo 15 no Estado do Paraná e um no Mato Grosso do Sul. Os royalties são aplicados na melhoria da qualidade de vida da população, nas áreas de educação, saúde, moradia e saneamento básico.
E o futuro?
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, Itaipu está no limite da sua capacidade física e no auge da produção. Segundo o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, agora é planejar o futuro. Para garantir que nos próximos 50 anos a usina mantenha o desempenho que teve nestas primeiras três décadas, será colocado em execução um plano ambicioso de atualização das unidades geradoras. Com investimentos previstos de US$ 500 milhões, o processo de modernização deve levar pelo menos dez anos, conciliando produção otimizada, manutenções preventivas e atualização tecnológica.
“O plano foi construído nos últimos cinco anos, por equipes brasileiras e paraguaias, com a contribuição da primeira geração de engenheiros da Itaipu, engenheiros que conhecem a usina, sua operação e manutenção. A ideia é manter a usina competitiva até o próximo século”, disse Samek.
Como Itaipu chegou aos 103,09 milhões de MWh?
Segundo o superintendente de Operação, Celso Torino, não há uma resposta simples para essa pergunta. “É uma soma de ações que vêm sendo adotadas por pessoas capacitadas que estão ou estiveram na Itaipu desde seu início. Um aperfeiçoamento natural e acumulativo dos cuidados com as pessoas, com o meio ambiente, com a barragem, com as instalações e, finalmente, com o nosso propósito comum e binacional, que é a otimização sistemática da produtividade e da produção de energia para o Brasil e Paraguai.”
Eficiência
Outro destaque de Itaipu nos últimos anos tem sido o desempenho operacional (que mede a produção obtida e a produção máxima ideal). O índice em 2016 foi de 96,2%. Isto é, muito próximo do ideal. Segundo Torino, padrão tão elevado de produtividade somente foi possível com um altíssimo nível de competência e integração dos profissionais da empresa, em especial da área técnica, assim como na gestão da produção e do suprimento com os parceiros brasileiros Eletrobras, Furnas, Copel e ONS e paraguaio Ande.
Progressão da produção desde 1984
No primeiro ano de operação, em maio de 1984, Itaipu gerou 276.529 MWh. No ano seguinte, esse volume subiu para 6.327.274 MWh. Ainda na década de 1980, chegou a produzir 47.229.655 MWh.
Em 1995, pela primeira vez, Itaipu ultrapassou o previsto no Tratado que de origem à usina. Foram 77.212.396 MWh naquele ano. Em 1999, a usina superou a marca dos 90 milhões de MWh, com um total de 90.001.900 MWh.
Em 2001, mesmo com uma das piores secas de todos os tempos, a produção ficou em 79.307.075 MWh. Em 2002, ainda sob os efeitos da estiagem prolongada, a geração total fechou em 82.914.269 MWh. Em 2006, Itaipu voltou a produzir acima de 90 milhões, com 92.689.936 MWh.
Em 2008, já finalizado o projeto, que previa 20 unidades geradoras (em 2007 foram instaladas as últimas duas, aumentando a capacidade instalada de 12,6 mil MW para 14 MW), a usina registrou uma produção excepcional de 94.684.781 MWh, seu recorde até então. Esta produção só seria superada em 2012, quando Itaipu atingiu 98.287.128 MWh. Naquele ano, a diretoria estabeleceu como desafio a meta de 100 milhões de MWh.
Já no ano seguinte, em 2013, veio o novo recorde: 98.630.035 MWh. Em 2014, no entanto, a seca que o Brasil enfrentou também afetou a usina. Foi a maior estiagem dos últimos 40 anos, reduzindo a capacidade de praticamente todas as hidrelétricas do País. Itaipu voltou a gerar menos de 90 milhões de MWh - a binacional gerou 87.795.393 MWh mas com um desempenho operacional de 99,3%, o melhor de sua história.Em 2015, ainda sob efeitos da seca, atendeu o sistemas brasileiro e paraguaio com 89.215.404 MWh.
A produção histórica de Itaipu é registrada num início de verão bastante quente, quando a sensação térmica em algumas cidades do Sudeste do Brasil e em Assunção, no Paraguai, bateu na casa dos 50 graus Celsius. No pico do calor, a usina brasileiro-paraguaia tem garantido o suprimento de energia e a demanda de ponta para os mercados dos dois países.
Os 103,09 milhões de MWh gerados por Itaipu, que agora em 2016 voltou a ser líder anual de geração de energia elétrica à frente de Três Gargantas - que detinha o título desde 2014, com 98,8 milhões de MWh - seria suficiente para atender o Brasil por dois meses e 18 dias; o Paraguai por sete anos e três meses; a região Sudeste do Brasil por cinco meses; a cidade de São Paulo por três anos e cinco meses; a cidade do Rio de Janeiro por cinco anos e oito meses; ou ainda a cidade de Salvador por 26 anos e seis meses.A América Latina inteira seria suprida com eletricidade por 35 dias.
Recorde após recorde
Em doze meses, Itaipu teve recorde de geração em sete: melhores janeiro, fevereiro, maio, junho, outubro, novembro e também dezembro. Já abril, julho, agosto e setembro ficaram em segunda posição no ranking mensal histórico, enquanto março ficou em terceiro lugar.
Com desempenho espetacular dia após dia, já no começo do ano se acenava a possibilidade de chegar em 2016 à meta inédita dos 100 milhões de MWh anuais estipulada em 2012 pelo diretor-geral brasileiro da usina, Jorge Samek. Só não se sabia que esse valor seria superado em mais de 3 milhões de MWh.
“O recorde mostra a maturidade de Itaipu, que no auge da produção e produtividade, se prepara para uma nova etapa a partir de 2017. Mais uma vez, a usina demonstrou sua solidez para contribuir de forma eficiente no desenvolvimento do Brasil e Paraguai”, afirmou Samek.
28 milhões a mais do que o previsto
Nem mesmo os mais otimistas poderiam imaginar que a usina alcançaria uma meta tão audaciosa, superando em mais de 28 milhões de MWh a energia garantida de 75 milhões de MWh prevista no Tratado que deu origem à binacional.
Auge da produção
Foi um ano sem precedentes para a operação da usina, que chegou aos 32 anos e sete meses de funcionamento, no auge da produção, com inúmeros recordes, reassumindo a liderança mundial de geração anual de energia, com mais de 4 milhões de MWh de vantagem sobre a hidrelétrica chinesa Três Gargantas.
Participação maior no mercado
O aumento da produção elevou a participação de Itaipu no mercado brasileiro de eletricidade em 2 pontos percentuais, subindo de 14,6% em 2015 para 16,8% este ano. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste, região de maior consumo de energia elétrica no Brasil, a participação da binacional cresceu de 19,3% para 22,4%, um incremento de 3 pontos percentuais.
Menos energia cara
O aumento da produção de Itaipu também impulsionou em 2016 a participação das hidrelétricas no parque gerador nacional. Com a maior utilização de energia hídrica, que é mais limpa e barata, o acionamento das termoelétricas foi reduzido. Outro aspecto positivo é o aumento do valor do repasse dos royalties, que ficará em torno de 15%. De 1985 até 2013, a empresa pagou cerca de US$ 10 bilhões em royalties ao Brasil e ao Paraguai.
O pagamento pela exploração da água para a geração de energia, está previsto no Anexo C do Tratado de Itaipu. No lado brasileiro, os recursos beneficiam 16 municípios, sendo 15 no Estado do Paraná e um no Mato Grosso do Sul. Os royalties são aplicados na melhoria da qualidade de vida da população, nas áreas de educação, saúde, moradia e saneamento básico.
E o futuro?
Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, Itaipu está no limite da sua capacidade física e no auge da produção. Segundo o diretor-geral brasileiro, Jorge Samek, agora é planejar o futuro. Para garantir que nos próximos 50 anos a usina mantenha o desempenho que teve nestas primeiras três décadas, será colocado em execução um plano ambicioso de atualização das unidades geradoras. Com investimentos previstos de US$ 500 milhões, o processo de modernização deve levar pelo menos dez anos, conciliando produção otimizada, manutenções preventivas e atualização tecnológica.
“O plano foi construído nos últimos cinco anos, por equipes brasileiras e paraguaias, com a contribuição da primeira geração de engenheiros da Itaipu, engenheiros que conhecem a usina, sua operação e manutenção. A ideia é manter a usina competitiva até o próximo século”, disse Samek.
Como Itaipu chegou aos 103,09 milhões de MWh?
Segundo o superintendente de Operação, Celso Torino, não há uma resposta simples para essa pergunta. “É uma soma de ações que vêm sendo adotadas por pessoas capacitadas que estão ou estiveram na Itaipu desde seu início. Um aperfeiçoamento natural e acumulativo dos cuidados com as pessoas, com o meio ambiente, com a barragem, com as instalações e, finalmente, com o nosso propósito comum e binacional, que é a otimização sistemática da produtividade e da produção de energia para o Brasil e Paraguai.”
Eficiência
Outro destaque de Itaipu nos últimos anos tem sido o desempenho operacional (que mede a produção obtida e a produção máxima ideal). O índice em 2016 foi de 96,2%. Isto é, muito próximo do ideal. Segundo Torino, padrão tão elevado de produtividade somente foi possível com um altíssimo nível de competência e integração dos profissionais da empresa, em especial da área técnica, assim como na gestão da produção e do suprimento com os parceiros brasileiros Eletrobras, Furnas, Copel e ONS e paraguaio Ande.
Progressão da produção desde 1984
No primeiro ano de operação, em maio de 1984, Itaipu gerou 276.529 MWh. No ano seguinte, esse volume subiu para 6.327.274 MWh. Ainda na década de 1980, chegou a produzir 47.229.655 MWh.
Em 1995, pela primeira vez, Itaipu ultrapassou o previsto no Tratado que de origem à usina. Foram 77.212.396 MWh naquele ano. Em 1999, a usina superou a marca dos 90 milhões de MWh, com um total de 90.001.900 MWh.
Em 2001, mesmo com uma das piores secas de todos os tempos, a produção ficou em 79.307.075 MWh. Em 2002, ainda sob os efeitos da estiagem prolongada, a geração total fechou em 82.914.269 MWh. Em 2006, Itaipu voltou a produzir acima de 90 milhões, com 92.689.936 MWh.
Em 2008, já finalizado o projeto, que previa 20 unidades geradoras (em 2007 foram instaladas as últimas duas, aumentando a capacidade instalada de 12,6 mil MW para 14 MW), a usina registrou uma produção excepcional de 94.684.781 MWh, seu recorde até então. Esta produção só seria superada em 2012, quando Itaipu atingiu 98.287.128 MWh. Naquele ano, a diretoria estabeleceu como desafio a meta de 100 milhões de MWh.
Já no ano seguinte, em 2013, veio o novo recorde: 98.630.035 MWh. Em 2014, no entanto, a seca que o Brasil enfrentou também afetou a usina. Foi a maior estiagem dos últimos 40 anos, reduzindo a capacidade de praticamente todas as hidrelétricas do País. Itaipu voltou a gerar menos de 90 milhões de MWh - a binacional gerou 87.795.393 MWh mas com um desempenho operacional de 99,3%, o melhor de sua história.Em 2015, ainda sob efeitos da seca, atendeu o sistemas brasileiro e paraguaio com 89.215.404 MWh.
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